Você é a cara da nova educação
Expoulbra é aberta com atividades do XI Salão de Extensão
Nesta edição, mais de 100 trabalhos serão apresentados em dois dias
Iniciou nesta segunda-feira, 28, a 11ª edição do Salão de Extensão, atividade que integra a programação da Expoulbra, mostra de ensino, pesquisa e extensão da Universidade Luterana do Brasil. Os projetos de extensão são apresentados em salas de aula do prédio 6 nos turnos da manhã, a partir das 9h, e da noite, a partir das 19h.
São mais de cem trabalhos divididos em categorias que abordam qualidade de vida, saúde, desenvolvimento regional, educação, formação profissional, acessibilidade, violência e direitos humanos, comunicação, mídia e marketing, meio ambiente e sustentabilidade, tecnologia e inovação e ações artísticas e culturais. O XI Salão de Extensão segue até esta terça-feira, 29.
Até a sexta-feira, 1º de novembro, outras quatro atividades integrarão acadêmicos, docentes dos cursos de graduação e pós-graduação e alunos de escolas de educação básica na Expoulbra através do XXV Salão de Iniciação Científica e Tecnológica, XIX Fórum de Pesquisa Científica e Tecnológica, VI Mostra das Ciências e Inovação e do VII Salão de Iniciação Científica Júnior.
A ansiedade no ambiente estudantil
Desenvolvido na disciplina de Intervenção na Educação do curso de Psicologia da Ulbra, o projeto Ansiedade em alunos concluintes do Ensino Médio foi apresentado, nesta segunda-feira na ExpoUlbra, pelas acadêmicas Luana Soares, Eny Coutinho, Daiana da Conceição e Fabiana Rech, na modalidade Qualidade de Vida e Saúde.
Com o objetivo de verificar as questões que envolvem a ansiedade frente aos desafios do ensino médio, como as pressões familiares e pessoais para prestar vestibular e mercado profissional, as pesquisadoras utilizaram como fonte os alunos do terceiro ano do ensino médio do Colégio Estadual Miguel Lampert, de Canoas. Para promover uma aproximação com os estudantes, elas desenvolveram dinâmicas e encontros para falar sobre emoções, pensamentos disfuncionais e ansiedade.
"Foi um projeto que teve um resultado bem impactante. Nos preparamos para abordar temas mais leves referente à ansiedade, só que alguns alunos estavam com altos níveis de autocrítica, psicopatologias de ansiedade, e já tomavam medicação mesmo muito novos,'' apontou Eny, que falou também sobre alguns trabalhos específicos realizados junto aos alunos.
O grupo desenvolveu métodos para promover momentos de reflexão e autoconhecimento, através da construção e observação de uma árvore da vida, amplamente utilizada na psicoterapia. Nos encontros, os jovens puderam falar abertamente sobre seus sentimentos e situações pessoais, além da aplicação de técnicas de mindfulness.
''O mindfulness é um conjunto de práticas que, cientificamente comprovadas, te ajudam a focar no presente. Claro, sem esquecer que o passado e futuro são passíveis de te afetar, mas deixar a mente mais saudável e desperta", finalizou Eny, dizendo que o projeto obteve um feedback extremamente positivo, tanto por parte dos alunos quanto da escola.
A importância de falar sobre Direitos Humanos
Aberto para a inscrição de acadêmicos de outras universidades, o Salão de Extensão ainda possibilita uma troca de conhecimento e integração entre os estudantes. Na noite desta segunda-feira, alunos e professores da Universidade Feevale participaram da Expoulbra relatando sobre o projeto Refugiados e Imigrantes: Uma questão de Direitos Humanos.
O grande número de imigrantes refugiados que se estabeleceram nos municípios do Vale dos Sinos suscitou na necessidade de desenvolver projetos capazes de promover a integração social dessa população. O trabalho foi apresentado no Salão pelos acadêmicos de História Bárbara Birk de Mello e Bruno Eduardo da Silva, sob orientação da docente Márcia Blanco.
Atuando principalmente na inserção e acolhimento destes grupos, o projeto promove oficinas de português, para familiarizá-los com o idioma, psicologia, fotografia e realidade brasileira. Ministradora desta última, Bárbara conta que os assuntos abordados envolvem dados gerais sobre o Brasil, seus estados e os municípios de Novo Hamburgo e São Leopoldo, além das figuras históricas que cultivamos e demais informações que compõem a questão maior: o que, afinal, é o Brasil?
"É um projeto que não visa apenas os refugiados e imigrantes, mas também a comunidade acadêmica da própria instituição, para que eles possam ter um contato mais próximo com outras realidades e o impacto que isso é capaz de trazer na nossa bagagem de conhecimento e vivência'', conta a pesquisadora.
Além desta abordagem, o projeto também propõe um outro espaço de atuação voltado para populações em situação de vulnerabilidade social. Bruno, atuante do Educação e Direitos Humanos, trabalha diretamente em uma escola situada no bairro de maior vulnerabilidade de São Leopoldo e no instituto penal de Novo Hamburgo, com detentos do regime semiaberto.
Para ele, o significado destes trabalhos é dar visibilidade para os setores, muitas vezes, tratados com desprezo pelo poder público. "Acho que a importância está justamente nessas práticas positivas, porque a transformação destes indivíduos só vai acontecer através dessas atitudes e são esses projetos que vão de fato proporcionar espaços para discussão e reflexão, e de certa forma provocar mudanças", destacou.
Durante os encontros são realizados, além das oficinas, alguns seminários de Direitos Humanos, exposições de trabalhos e projetos e o Sarau de Culturas do Mundo. Bárbara finalizou destacando que esta temática deve ser cada vez mais pautada nas pesquisas. ''Não é uma questão de passar conhecimento, mas sim de compartilhar, porque cada um deles nos ensina muita coisa", completou.
Para conferir as apresentações do Salão de Extensão desta terça-feira, clique aqui.
Emily Ebert e Pietra Martins
Estudantes de Jornalismo da Ulbra Canoas
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