Reflexão
Cuidados Paliativos são foco de aula da Residência Multiprofissional
Participantes ouviram enfermeira do Hospital Conceição
Permitir que uma gama de pacientes se beneficie com um cuidado que é uma essência de amar o próximo, segundo a palestrante, a enfermeira, Nara Azeredo, foi o foco principal da aula aberta promovida na Ulbra nesta sexta-feira, 25. Organizada pela Residência Multiprofissional em Saúde Adulto e Idoso, o grupo promoveu Uma Conversa sobre Cuidados Paliativos, na sala 4 do prédio 1, com a participação do Serviço de Dor e Cuidados Paliativos do Hospital Conceição, de Porto Alegre.
"Uma forma de agir e de cuidar" é como Nara define esse campo de atuação. Para ela, trabalhar com saúde é pautar o cuidado, e isso deve ser ensinado desde o início da formação do futuro profissional. "Temos que romper com a ideia de que cuidados paliativos são exclusivos para pacientes em fim de vida. Também é, mas não somente, a todos aqueles que têm uma doença crônica ou degenerativa e devem ser beneficiados por esse trabalho tão significativo."
Caracterizado como um movimento interdisciplinar em qualidade de vida, os cuidados paliativos, segundo o professor da disciplina homônima no curso de Residência Multiprofissional, Thomas Heimann, têm foco em desenvolver trabalhos para além das dores físicas. "Nós temos que tratar e cuidar dos nossos pacientes e de seus familiares, principalmente a dor psíquica e emocional", conta.
Heimann ainda destacou a presença de grupos especializados nesse tratamento em diversos hospitais pelo país. "Hoje em dia, os profissionais da saúde, tendo essa preocupação que vai além do profissional, entrando na parte humanitária do cuidado, conseguem desenvolver um trabalho mais integral ao paciente, e esse conceito vem sendo aplicado fortemente em uma grande quantidade de hospitais."
Para a residente em Fisioterapia da Ulbra, que atua na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário, Sabrina Barreto, os cuidados paliativos têm grande importância para amenizar o choque tanto pessoal e familiar quanto do próprio profissional no fato de lidar cotidianamente com casos de pacientes com doenças incuráveis ou em situação de fim de vida.
"Diariamente, lidamos com pessoas que estão morrendo. Tanto para nós, como profissionais, quanto para a família, é um momento difícil e que, muitas vezes, não sabemos lidar. Os cuidados paliativos entram justamente neste momento, para que esse choque possa ser amenizado trazendo o máximo de humanidade e carinho para enfrentar essa situação", finalizou.
Emily Ebert
Estagiária de Jornalismo da Ulbra Canoas
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