Dia de conhecer o campus
Acompanhantes dos vestibulandos visitam laboratórios da Ulbra
Visita guiada foi realizada no horário da prova de Medicina
O vestibular de verão da Ulbra foi menos tenso para quem aguardava a realização da prova. Pela primeira vez, familiares e acompanhantes dos vestibulandos puderam conhecer os espaços que serão utilizados pelos estudantes aprovados no exame deste domingo, 20. Divididos em grupos, todos puderam visitar os laboratórios de simulação realística, microscopia, anatomia e enfermagem.
Antes de participarem do tour guiado, os presentes foram recebidos pelo reitor da Ulbra, Ricardo Willy Rieth, pelo diretor do campus Canoas, Leonardo Haerter dos Santos, pela coordenadora acadêmica Lucimar Brum, e pelo coordenador do curso de Medicina, Marcelo Guerra. Em suas falas, as autoridades apresentaram a Universidade, por meio de dados, e também falaram sobre as aulas práticas e os métodos de ensino aplicados no curso.
"Assim como existem atletas de alto desempenho, nós preparamos profissionais de alto desempenho", garantiu o médico Marcelo Guerra, que coordena o curso. De acordo com ele, mais encontros com os familiares devem ser incluídos no calendário acadêmico, pois é uma importante ferramenta para prestar contas sobre o andamento do curso. "Não se trata só de um investimento financeiro, mas de um investimento emocional e de tempo", frisou Guerra.
Outros cursos também realizaram visitas guiadas no campus. Foi o caso de Odontologia e Medicina Veterinária, onde os coordenadores também conversaram com os acompanhantes e mostraram os espaços onde ocorrem as aulas práticas. A ideia deve se expandir nos próximos vestibulares, conforme os cursos forem entregando seus planejamentos.
Persistência e dedicação: tudo para entrar no curso de Medicina
Com poucas vagas para o grande número de candidatos, todo vestibular de Medicina exige muito dos participantes. A dedicação é um elemento importante para quem deseja entrar na graduação. Vera Menezes, mãe de André, que estava fazendo a prova, contou que o filho se entrega aos estudos desde cedo. "Ele estava no ensino fundamental e já sabia o que queria ser, mas eu disse que teria que fazer por merecer, ser o melhor aluno. Desde então, ele sempre apresentou as melhores notas e se destacou", contou orgulhosa.
Graduada em Direito pela Ulbra, desde 2005, Vera tem outros três filhos, sendo uma menina e dois homens. O filho mais novo veio junto com a irmã e o pai, para conhecer e passar energia positiva para o jovem de 19 anos. A família veio de longe, moram em Camaquã, e já se preparam para a distância, caso André seja um dos 60 aprovados no vestibular. "Sabemos que ele ficará longe, caso passe na prova, mas é o sonho dele e nós apoiamos. Há 1 ano, ele se mudou para Pelotas, onde faz curso preparatório para o vestibular, então estamos nos acostumando com a distância", disse a advogada.
Mas não são só os jovens que estão tentando entrar no curso. A filha de dona Oládia Cignaci, Luciane, tem 35 anos e busca a terceira graduação, agora em Medicina. Viúva desde os 5 anos da filha, Oládia persistiu no negócio da família, que mora em Garibaldi. À frente de uma relojoaria e ótica, a senhora de 69 anos tem a ajuda da filha única e da sua irmã. "Elas me ajudam bastante. É um segmento difícil e perigoso, mas nós não desistimos", disse a idosa, que já passou por dois assaltos e, ainda assim, segue na luta.
Questionada sobre a distância da filha única, caso ela passe no vestibular, Oládia minimizou. De acordo com ela, o importante é que ela esteja feliz em sua profissão. "Eu quero muito que ela consiga. E se não passar agora, vamos tentar de novo", completou Oládia, dando uma grande lição de persistência e amor.
A estrutura como um diferencial na escolha
Na área da saúde, além de professores qualificados, os estudantes procuram universidades que tenham toda a estrutura necessária para a melhor aprendizagem. Conhecendo os laboratórios, Leila Schmidt, mãe de Gabriela, ressaltou a importância do reconhecimento dos cursos da Ulbra. "Nós já conhecíamos a estrutura, pois a Gabriela estudou um ano no curso de Odontologia, um curso que foi muito bem avaliado no ranking das universidades , mas viu que gostava mesmo de Medicina, então resolveu prestar o vestibular no mesmo lugar", contou. Leila veio de Rolante, onde mora com o pai de Gabriela. Para fazer o curso preparatório, a jovem de 19 anos teve que ir morar com a avó, em Porto Alegre.
Já Fabiana Gava, mãe de Raphaella, andou pelos corredores dos prédios e destacou que a Ulbra mantém a mesma boa estrutura que tinha na última vez que visitou. "Vim aqui há 30 anos e a preservação do local está impecável", constatou. Moradora de Bento Gonçalves, ela já tem que conviver distante da filha, que mora em Porto Alegre, justamente por causa do desejo de cursar Medicina. Segundo ela, o curso foi aprovado, só faltando um bom resultado da filha. "Não temos dúvida da qualidade do ensino e confirmamos que é um lugar bem equipado e estruturado, então só depende dela agora", concluiu.
Leonardo Magnus
Jornalista Mtb 19305/RS
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