Saindo da rotina
Desafio do Ateliê Diagonal termina com três projetos premiados
Alunos foram avaliados por profissionais da Escola Livre de Arquitetura
Após uma semana de intenso trabalho coletivo, os alunos de Arquitetura e Urbanismo da Ulbra realizaram suas apresentações, na noite da última sexta-feira, 6. Com diversas maquetes expostas no palco do auditório B do prédio 14, os estudantes puderam externar as ideias que foram construídas em conjunto, entre acadêmicos dos semestres iniciais e finais do curso.
O desafio consistia em criar um projeto para o Cais Mauá, localizado em Porto Alegre. O espaço precisava, entre outras coisas, levar em consideração o aumento do nível da água do Rio Guaíba. "O que buscamos é uma solução criativa e possível de ser executada. É preciso ter um equilíbrio entre uma ideia original e que possa ser tirada do papel. E, claro, que esse projeto atenda às demandas do Cais", explicou a diretora da Escola Livre de Arquitetura (ELA), Luciana Marson Fonseca, que foi uma das responsáveis pela avaliação dos projetos.
Segundo o professor Rodrigo Allgayer, o principal objetivo da atividade foi atingido: mobilizar os acadêmicos em torno de um projeto de grande impacto na vida das pessoas, com trabalho em equipe e pouco tempo. "É importante que os alunos saiam da rotina e se engajem em um projeto que reúne conhecimentos de pessoas de diversos semestres. Além disso, foi um desafio finalizar um projeto em apenas três dias de trabalho, então isso mudou um pouco a forma deles enxergarem a arquitetura", observou o docente.
O que acharam os grandes vencedores do desafio
Ao todo, 10 equipes participaram do desafio proposto pela ELA, em parceria com o curso de Arquitetura e Urbanismo da Ulbra. Três equipes foram premiadas com a primeira, segunda e terceira colocação (confira as fotos dos grupos vencedores na galeria). A experiência foi elogiada pelos estudantes.
"Achei a atividade muito diferente de tudo que já tivemos no curso, algo desafiador e empolgante. Pude ver os colegas veteranos interagindo com quem está no inicio da graduação. Foi muito satisfatório ver essa troca de conhecimento e experiências", disse Bruna Cardoso Flores, da equipe que garantiu o primeiro lugar.
"Foi uma experiência de fato surpreendente. Acho que a chave de tudo foi mesclar os níveis de projeto, trazendo a leveza e a coragem dos alunos de início de curso, que pensam sem essas amarras técnicas e funcionais que os acadêmicos do final da graduação. Foi uma mistura que deu certo", disse Mariana Teixeira Nunes, do grupo com a segunda melhor colocação.
"Todos nós achamos sensacional a troca de experiências entre as diferentes turmas de projeto. A imersão em um problema pra diferentes visões, em um grupo que as pessoas mal se conheciam ou só de vista, ajudou a reunir os alunos do curso e lidar com diferentes opiniões", disse Victor Cardoso Lauer, componente do grupo que ficou com o terceiro lugar.
Classificação:
1º lugar - Equipe 9 "Organismo Vivo" (tutora: Arq. Carmela Guerini)
O projeto consiste em relembrar a história do Cais Mauá, as sensações que as pessoas sentiam em relação ao rio, o medo medo das inundações e cheias e, a partir disso, resgatar o interesse da população para utilizar a área então esquecida. Para o desafio, a solução foi envolvê-lo com andaimes, uma estrutura não-agressiva e que conversasse com o contexto existente. Lidando com situações de cheias constantes do Rio em 2030, foram propostas ilhas de formas orgânicas, que em épocas de inundações flutuam e são acessadas através dos andaimes e em épocas de secas, se estabilizando no chão e tornando-se mobiliário urbano, espaços públicos móveis, flutuantes e gratuitos para as pessoas explorarem e conquistarem os cantos mais esquecidos e subutilizados do cais, catalizando vida e atividade.
Componentes do grupo: Bruna Cardoso Flores, Desiree Correa Moreno Gomes, Franciele Meyer dos Santos, João Paulo de Morais Chaves, Natiele Silva de Oliveira, Rafaela Ferreira Nunes, Ramon dos Passos Lodetti, Taiana Cristina Hirt e Martin Rajeh Rosin.
2º lugar - Equipe 8 "Porto Alegre em cima do muro" (tutora: Arq. Amanda Silva)
O projeto buscou dar vida ao cais que está em coma, de uma forma emergencial e pontual, tentando entender a relação da cidade com esse espaço e até que ponto o muro é visto como uma barreira. Criou-se uma passarela que percorre toda a Mauá e adentra o cais através do pórtico principal, tendo como prêmio do percurso um deck flutuante sobre o rio. A partir disso, foi pensado em algo que levasse crianças, famílias e pessoas que, no horário do almoço de um centro turbulento, pudessem "respirar", mas sem dar um uso específico para o local. Com esse pensamento, foram inseridos módulos de pinos que partem de um pentágono, a mesma linguagem da passarela, e podem se desconstruir e reconstruir, de formas livres, tanto na realidade atual do terreno hoje seco, quanto na eventual possibilidade daquela zona ser toda alagada, pois os módulos são flutuantes.
Componentes do grupo: Beatriz Coser Roman, Carolina Lentz de Borba, Clayton Moura Gravana, Cleverson de Carvalho Volkmer, Julia Graziele Raymundo Vargas, Mariana Teixeira Nunes, Priscilla Santiago da Silva, Vitor Guimarães Souto e Yasmin Rocha Perob.
3º lugar - Equipe 1 "Re-conecta" (tutora: Arq. Simone Seidel)
O projeto pensa em uma forma de estabelecer o diálogo desse novo espaço de intervenção no cais --- pelo alto, por dentro dos armazéns, transpondo o limite do muro ---, mas que em alguns pontos resgatasse o contato da cidade com o rio Guaíba, sendo ele quem dita o ritmo e alturas desses espaços.
Componentes do grupo: Agata Suelen Moura Santos, Diego Gonzales dos Santos, Edina Lima Pereira, Gabriel Brandão Dias, Jaqueline Cândida de Vargas, Marianna Silva Spader, Renato Bergamaschi de Miranda e Victor Cardoso Lauer.
Leonardo Magnus
Jornalista Mtb 19305/RS
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