Semana da Pessoa com Deficiência
Limites e afetividades foi tema central de palestra do CIEPRE
Evento segue com atividades de conscientização até sexta-feira
A palestra Dialogando com as famílias: limites e afetividade, promovida pelo Centro Interdisciplinar de Estudos e Pesquisa em Psicomotricidade Relacional (CIEPRE), parte da programação da 6º Semana Ulbra da Pessoa com Deficiência, aconteceu na tarde desta quarta-feira, 28, no auditório 201 do prédio 55.
De acordo com o coordenador do CIEPRE e professor do curso de Educação Física, Ivan Basegio, o foco principal dessa ação é promover, cada vez mais, a integração das famílias e a compreensão para com as necessidades e particularidades de cada pessoa com deficiência em seu vínculo afetivo, passando conhecimentos sobre a necessidade
Com tom de conversa, a palestra foi ministrada pela professora Mara Rosane Souza Soares, representante do Centro de Educação Inclusiva e Acessibilidade de Canoas. "Vim falar hoje sobre a importância dos afetos, para que essas crianças todas possam crescer de forma saudável, com confiança e principalmente, fortalecidos para enfrentar o mundo", estimulou a profissional.
Durante o encontro dos profissionais com as famílias, as crianças atendidas pelo CIEPRE estavam exercitando sua criatividade em momentos de descontração no ateliê de pintura. Todos os trabalhos desenvolvidos pelos alunos serão exibidos em uma exposição aberta à comunidade, no dia 4 de dezembro, em celebração ao Dia Mundial da Pessoa com Deficiência.
Um pouco mais sobre o CIEPRE
O Centro atua na Universidade há 16 anos, focando no acolhimento às pessoas com deficiência, promovendo a livre expressão artística e corporal, através do ateliê de arte e do esporte, ao mesmo tempo que realiza trabalhos com as famílias para que possam estar, cada vez mais, capacitadas para compreender as necessidades.
Segundo Basegio, o trabalho realizado pelo Centro busca estimular as potencialidades desses alunos e alinhá-las com a questão familiar. "Enquanto o aluno é atendido na seção de psicomotricidade e/ou no ateliê de artes, a família também é atendida nos grupos de convivência e escuta, sendo um espaço em que elas fazem trocas sobre diversas temáticas que envolvem esse universo", finalizou o docente.
Maria Doralice Foching, mãe de um jovem com autismo severo, participa ativamente das atividades promovidas pelo CIEPRE e contou um pouco sobre a necessidade do projeto. "Aqui a gente tem o acolhimento, temos terapia voltadas às famílias para que possamos administrar melhor as situações. Isso é uma família pra nós, depois que eu vim pra cá o meu filho melhorou significativamente, conseguindo fazer atividades básicas do dia a dia, que antes ele não fazia", finalizou a participante.
Emily Ebert
Estagiária de Jornalismo da Ulbra Canoas
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