Semana da Pessoa com Deficiência
Palestra traz atitude como um dos pilares fundamentais da inclusão
Psicóloga tratou dos desafios na convivência com as diversidades
"A acessibilidade não se trata só da estrutura arquitetônica, mas da atitude". Esta frase, dita pela psicóloga e empresária Mariane Teixeira Netto, sintetiza a palestra ministrada à comunidade acadêmica, na noite desta segunda-feira, 26, no auditório B do prédio 14. O evento faz parte da programação da 6ª Semana Ulbra da Pessoa com Deficiência, organizada pelo Núcleo de Acessibilidade da Universidade.
Com uma vida profissional voltada ao trabalho com pessoas com deficiência, a palestrante trouxe um material recheado de exemplos e indagações que fizeram o público se questionar sobre as melhores formas de inclusão na sala de aula, no ambiente de trabalho e na sociedade. "O maior desafio é mudar a cultura de segregação e de preconceito. Isso leva tempo, é algo a longo prazo, mas que a Ulbra já vem fazendo há anos e tem se mostrado muito eficiente", elogiou.
Atualmente, ela possui uma empresa que cuida exatamente dessa inserção e qualificação profissional. Segundo a empresária, apesar de ainda não ser o ideal, está cada vez maior a aceitação e a inserção de pessoas com deficiência nos mais variados espaços, principalmente no mercado de trabalho. "Claro que precisamos melhorar, mas o avanço está acontecendo, há um crescimento visível na inclusão dessas pessoas, não só com as empresas se adequando com rampas de acesso, elevadores e outros aspectos físicos, mas com uma mudança de atitude dos profissionais, que estão mais receptivos e preparados para receber essas pessoas", destacou.
Trabalho permanente e qualificação dos profissionais
A Ulbra é reconhecidamente uma instituição que visa, desde os seus primórdios, incluir pessoas com deficiência nos seus espaços, seja por meio do ambiente acadêmico, seja pelas relações de trabalho. "É um trabalho diário, onde investimos não só na acessibilidade aos locais de estudo e trabalho, mas também à rotina e convivência com todas as pessoas dos campi da Instituição", ressaltou a coordenadora do Núcleo de Acessibilidade da Ulbra, Aline Bastos da Rosa.
Ao todo, a Universidade conta com 180 pessoas com algum tipo de deficiência, entre alunos e colaboradores. Apesar de um trabalho complexo, a coordenadora diz que a Instituição consegue atender perfeitamente a demanda. "Temos núcleos de acessibilidade em todas as unidades da Ulbra", afirmou a profissional.
Alunos são parte do processo de inclusão
A conscientização dos acadêmicos que não possuem nenhum tipo de deficiência ganha destaque na política de acessibilidade da Ulbra. O resultado é perceptível na fala de quem esteve prestigiando a palestra de Mariane Teixeira Netto. "Acredito que a Universidade seja um lugar plural, que precisa receber e abraçar todos os tipos de alunos, sem qualquer distinção. Aqui, eu nunca vi qualquer tipo de opressão ou repressão, pois percebe-se que reina o respeito e a parceria", relatou Jean Fernando Velho, do 3º semestre de Publicidade e Propaganda.
Já a aluna Júlia Matos do Nascimento, do 3º semestre de licenciatura em Letras (Inglês), destacou a importância do debate e do espaço dado ao tema. Segundo ela, seria interessante que a comunidade acadêmica se movimentasse mais vezes em torno do assunto. "Seria muito bacana se pudéssemos ter eventos assim todos os meses, dar mais visibilidade a algo tão presente no nosso cotidiano e que, às vezes, não é tão abordado como deveria. Teríamos diversas possibilidades de assuntos e materiais", opinou.
Leonardo Magnus
Jornalista Mtb 19305/RS
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