Formaturas 2019/1
Conquista compartilhada: os casais que se formaram juntos neste semestre
Farmácia e Jornalismo tiveram casais graduando na mesma turma
Segundo o dicionário, relacionamento pode ser definido como o ato de relacionar, de estabelecer uma ligação, uma conexão com algo ou alguém. A palavra também é usada para dar significado à ligação afetiva, profissional ou de amizade entre pessoas que se unem com os mesmos objetivos e interesses. Na Ulbra, alguns acadêmicos levaram isso à risca e decidiram dividir não só o coração, mas a carreira com seus amados.
No último final de semana, nos dias 2 e 3 de agosto, duas turmas tiveram casais que concluíram suas graduações juntos: Kim Péterson do Rego e Dariana Engelhardt de Mello do Rego, do curso de Farmácia, e Raí Quadros e Michele Mueller, do curso de Jornalismo. O primeiro casal se conheceu em 2010, quando trabalhavam em uma farmácia, e, no ano seguinte já estavam casados. O segundo, em 2016, deu seus primeiros passos no próprio campus da Ulbra Canoas.
No caso de Kim e Dariana, a relação já estava pavimentada quando decidiram ingressar no curso de Farmácia da Ulbra, em 2014. Enquanto Raí e Michelle construíram a sua história durante a graduação em Jornalismo. Em comum, o amor pela profissão fez com que permanecessem unidos até no ambiente acadêmico. E é contando a história de cada casal que vamos entender como é dividir os estudos em meio a uma relação amorosa.
Kim e Dariana: doses de um sentimento que iniciou há 9 anos
Concluinte do Ensino Médio, no final de 2009, Kim começou a trabalhar em uma farmácia no início do ano seguinte. Pouco depois, em julho do mesmo ano, Dariana foi contratada pela drogaria. "Em agosto nós já estávamos namorando. Foi uma afinidade muito rápida e forte", disse Kim. Ainda em 2010, no mês de dezembro, o casal já havia noivado. O casório foi realizado em julho de 2011, exatamente um ano após se conhecerem.
Após alguns anos trabalhando no local, mesmo atingindo o cargo de gerência, o casal percebeu que só por meio do estudo poderia conseguir uma vida melhor. Então, em 2014, Kim e Dariana iniciaram suas graduações em Farmácia na Ulbra. "Nós sempre gostamos do ambiente da drogaria, então quisemos permanecer na área de farmácia, mas sempre buscando algo além", destacou o profissional.
Diante disso, Kim mostra que os planos profissionais do casal também estão alinhados. Segundo ele, a ideia é que ambos realizem pós-graduação em Farmácia Clínica e Prescrição Farmacêutica, curso que é ofertado pela Instituição. "Nós queremos nos aprofundar cada vez mais na profissão, para oferecer esse cuidado clínico maior às pessoas, pois essa é uma das novas atribuições do farmacêutico", explicou.
As metades que se encaixaram na hora dos estudos
A relação de Kim e Dariana não foi abalada pelo convívio acadêmico. Segundo Kim, o casal acabou se complementando na graduação. "Como eu sempre preferi a área de humanas e ela tinha maior facilidade com as exatas, nós conseguíamos nos auxiliar. Inclusive, conversando um com o outro, nós já tínhamos percebido que, se não tivéssemos um ao outro, não teríamos sequer entrado ou concluído o curso", contou. Para o farmacêutico, o apoio foi fundamental e a convivência se deu de forma tranquila, com a dupla realizando disciplinas e estágios obrigatórios em conjunto.
Contando sobre os mais de cinco anos que passaram na Ulbra, Kim também destacou a união e a cumplicidade que foi construída e reforçada no período em que estudaram juntos. "Foi onde tivemos um crescimento profissional e de companheirismo entre marido e mulher, pois muitas vezes passávamos dia, tarde e noite envolvidos com os estudos. Se eu ou ela tivéssemos cursado separados, talvez um dos dois não entenderia a dificuldade e a exigência do curso", finalizou.
As dificuldades enfrentadas e o significado da conquista
Nem tudo foi só alegria para o casal Kim e Dariana. No período que estiveram focados na graduação, os dois precisaram abdicar de propostas de emprego que necessitavam de uma dedicação maior e que comprometia a realização dos estágios obrigatórios. "Tivemos algumas dificuldades financeiras, mas desistir nunca foi uma opção", relembrou. "Nós temos muito orgulho do caminho que fizemos até aqui. Não foi fácil, pois muitas vezes não tínhamos tempo de sair, de namorar, mas foi uma grande vitória", concluiu Kim, que agora está curtindo um merecido descanso com Dariana em Porto de Galinhas, no Recife.
Raí e Michele: uma história que começou a ser escrita na Ulbra
A história de Raí e Michele começa no primeiro semestre de 2016, quando ambos se esbarraram na disciplina de Fotografia, Imagem e Cognição. A primeira afinidade encontrada foi o trabalho em comum: televisão. Apesar disso, o relacionamento demorou a acontecer. Foram dois anos até ficarem juntos. "Nessa época, éramos colegas na Ulbra TV. Já tínhamos feito alguns trabalhos juntos. Então, sempre tivemos um bom relacionamento", contou Michele.
A partir do contato frequente, os dois colegas foram descobrindo os prazeres do convívio no espaço acadêmico. Segundo Raí, a Universidade foi "um berço" para o casal. "A Ulbra foi fundamental na nossa vida profissional e pessoal. A gente sempre diz que se transformou para melhor aqui dentro, intensificamos o que temos e vivemos coisas incríveis. Fizemos muitas coisas juntos. E conviver dessa forma, como casal, em vários ambientes, é desafiador. Saber lidar com a presença do outro e separar as coisas em cada local também", explicou o jovem.
Os desafios de um casal que se constituiu na Universidade
Entre aulas, trabalhos e provas, Raí e Michelle tiveram que arranjar um pouco de tempo para a relação. A solução foi usar a organização e os intervalos das aulas. "Foi algo muito tranquilo, até porque sempre nos ajudamos. Fizemos o TCC em momentos diferentes, então isso facilitou muito o processo. Enquanto eu escrevia, ele me trazia cerveja, e vice-versa", contou Michele aos risos, lembrando dos últimos meses de curso.
A hora de escrever o temido Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) foi justamente o momento em que o casal percebeu que o apoio entre eles seria imprescindível para a conclusão desta etapa. "Ela sempre fala que fui fundamental para ela nessa fase. Só me dei conta do que isso representava quando fui fazer o meu TCC, no semestre seguinte. Sem o apoio dela não seria a mesma coisa", afirmou Raí, que ainda ressaltou a importância da Ulbra na história de ambos. "Foi na Universidade que nos conhecemos, começamos a nossa história e começamos a crescer e amadurecer juntos. A partir disso, aprendemos a lidar com a presença do outro e separar as coisas em cada local também".
Leonardo Magnus
Jornalista Mtb 19305/RS
Emily Ebert
Estagiária de Jornalismo da Ulbra Canoas
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