Moda consciente e sustentável
Fashion Revolution: o Design de Moda que questiona
Evento promove bate-papo sobre consumo consciente e sustentável
Nesta quarta-feira, 24, a Universidade Luterana do Brasil recebe o Fashion Revolution, evento destinado aos estudantes e profissionais de Design de Moda. A proposta é realizar uma mesa redonda com debate sobre a semana que marca o movimento universal de mesmo nome -- o Fashion Revolution. As conversas terão a presença de três marcas autorais do Rio Grande do Sul: Let Me Dream; Carina Brendler Atelier e Paulo Roberto Sombrio. A atividade é aberta ao público, com mediação da professora Carina Carlan, do curso de Design de Moda, e tem como embaixadora a aluna do curso, Catia Meurer.
A estudante explicou a ideia do movimento. Segundo ela, "o Fashion Revolution é um movimento que questiona, principalmente, quem faz a sua roupa, de que forma foi produzida, por quem foi produzida e quais os impactos do pós-consumo de cada peça. Traz a questão sustentável da moda, como isso vai se sustentar após a utilização". Catia ainda destaca que as perguntas que permeiam as propostas de indagação da campanha têm como função a provocação da consciência dos consumidores acerca da aquisição de marcas de Fast Fashion, sem refletir sobre a real necessidade da compra e os efeitos que cada peça provoca no meio social e ambiental.
A acolhida da Universidade em relação ao movimento, que aconteceu anteriormente no ano de 2016, terá como proposta uma mesa redonda de conversas com profissionais e educadores do ramo da moda para promover o conhecimento aos alunos e incentivar aqueles que desejam seguir carreira de forma mais sustentável. "O evento se dispõe a estimular os alunos que desejam ter a sua marca seguindo esse ramo de consciência dentro da moda, além do compartilhamento de experiências, de como foi possível estabelecer e ter sucesso com suas marcas nesse meio que é tão novo no Brasil", destacou Catia.
As marcas presentes serão de ramos bem variados, o que, segundo a embaixadora, "é uma forma de demonstrar aos alunos que o Fashion Revolution pode se fazer em diversos aspectos da moda". A marca Let me Dream é ligada ao segmento das lingeries desenvolvidas artesanalmente; o Carina Brendler Atelier é de um estilista que trabalha com moda voltada às roupas de festa, e, por fim, o estilista Paulo Roberto Sombrio, que trabalha confeccionando acessórios através de materiais reciclados.
O que é Fashion Revolution?
Trata-se de um movimento iniciado em 2013, como resposta ao fatal desabamento do prédio Rana Plaza, que vitimou 1.127 pessoas em Savar, Bangladesh. O edifício abrigava fábricas e um centro comercial. A tragédia foi considerada o pior desastre em fábrica de roupas no mundo. Dessa forma, iniciou-se uma campanha que promove uma revolução sistêmica no mundo da moda, focando na transparência das marcas em relação à fonte de recursos de onde provém seus produtos. O movimento tornou-se popular rapidamente nas redes sociais e milhões de pessoas, entre 2014 e 2018, impulsionaram a hashtag #whomademyclothes, que se tornou uma das principais no Twitter, indagando às marcas sobre a procedência dos materiais utilizados nas produções de roupas.
A professora Carina Carlan, mediadora do debate, falou sobre essa proposta do Fashion Revolution e a sua importância para o universo da moda. "Esse movimento, que acontece no mundo todo, tem como ideologia a valorização da mão de obra e o questionamento dos processos de produção pelos quais as peças de roupa passam antes de chegar ao consumidor final. A ideia é a discussão de quem faz as nossas roupas mesmo, dando ênfase ao comércio mais justo e mais próximo, se posicionando também contra os abusos nas relações de trabalho, que a gente sabe que ainda ocorrem muito no mundo da moda", concluiu a docente.
Emily Bilhan
Estagiária de Jornalismo da Ulbra Canoas
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