Direito Penal e Psicologia
Caso Bernardo é debatido em aula aberta dos cursos de Direito e Psicologia
Crime bárbaro tem sido assunto constante nas últimas semanas
Nesta segunda-feira, 18, os cursos de Direito e Psicologia realizaram uma aula aberta interdisciplinar com o propósito de debate no auditório do prédio 14. O tema central foi o caso de Bernardo Boldrini, cujo julgamento aconteceu há poucos dias, em Três Passos.
Para os alunos da Psicologia, a oportunidade de debater sobre esse caso foi considerada relevante, na medida que estimula uma análise do fato pelo viés humano e psicológico. "Aos olhos da Psicologia, é importante interpretar as pessoas, quando estão encenando ou simulando algo", apontou Alexandre Cabral, estudante do 8º semestre.
Segundo o professor de Direito Penal, André Cézar, houve uma demanda muito grande por parte dos alunos da Ulbra para que houvesse uma iniciativa de debate sobre o assunto. "É um caso complexo, delicado, presente e muito atual, por isso é importante apresentá-lo aos alunos hoje", destacou André.
A coordenadora do curso de Direito, Alessandra Mizuta, ressaltou que o caso é pertinente e deve ser debatido de forma ampla, para que consiga ser dialogado com outras áreas do conhecimento. "Esse caso, em especial, tem uma repercussão social muito significativa, por ter sido um crime bárbaro, cometido contra uma criança, justamente realizado por quem deveria estar protegendo-a. Dados os motivos, achamos importante esse projeto para trazer aos alunos da Ulbra uma visão bastante global", analisou a professora.
Caso Bernardo Boldrini, do que se trata?
Em abril de 2014, Leandro Boldrini e Graciele Ugulini foram acusados do assassinato de Bernardo Uglione Boldrini, juntamente com Edelvânia e Evandro Wirganovicz, na cidade de Três Passos, no Rio Grande do Sul. Supostamente, teria sido injetado no menino uma superdosagem do anestésico Midazolam. No dia 11 deste mês, após quase cinco anos, os réus foram a julgamento, o qual durou cerca de 5 dias. Depois de várias deliberações entre o júri, foi aplicada a sentença de 33 anos e 8 meses para Leandro; 34 anos e 7 meses para Graciele; 22 anos e 10 meses para Edelvânia e 9 anos e 6 meses para Evandro.
Emily Bilhan
Estagiária de Jornalismo da Ulbra Canoas
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