Solidariedade
Ação solidária da Ulbra auxilia alunos do Quilombo Areal da Baronesa
Campanha envolve doação de material escolar e projetos pedagógicos
Aumentar a corrente solidária e promover a proteção e inclusão de estudantes do Quilombo Areal da Baronesa. Esse é o objetivo de campanha promovida pela Ulbra, que faz um convite à comunidade para doação de material escolar para alunos quilombolas do 1º ao 9º ano. A iniciativa já está ocorrendo e o posto de coleta do material é a Capela Universitária no campus Canoas.
As ações de educação da Ulbra, por meio da Diretoria de Extensão, vão além da ajuda com material escolar às crianças e adolescentes do quilombo, que fica no bairro Menino Deus, em Porto Alegre. Também são desenvolvidos projetos, como o de apoio psicopedagógico com alunos que possuem dificuldade de aprendizagem, alfabetização de adultos, geração de renda e promoção da saúde, que é uma ação realizada também em outros quilombos, que trata de doenças específicas dos afrodescendentes, conforme explica a diretora de Extensão da Ulbra, Simone Imperatore.
Os projetos da Ulbra no território quilombola estão focados nas diferentes fases do desenvolvimento dos estudantes nas etapas e modalidades da educação básica. Também promove o diálogo entre a comunidade e outros grupos sociais sobre conhecimentos, valores, modo de vida e orientações políticas e religiosas próprias da cultura local, acrescenta a diretora Simone.
Conforme a representante da quarta geração de moradores do território quilombola, Fabiana Xavier, a Ulbra tem um olhar diferente e transformador para a realidade da comunidade, sabendo ouvir as necessidades e percebendo quais trabalhos precisam ser desenvolvidos, onde os participantes são instigados a se sentir capazes de romper seus limites, em todas as idades.
Saiba mais
Areal da Baronesa, antigo território negro de Porto alegre, famoso por sua trajetória histórica ligada ao início da cidade -- agregando uma das primeiras ruas da Capital -, pelas casas de religião de matriz africana, pelo carnaval de rua, por seus músicos populares.
O local, no limite dos bairros Cidade Baixa e Menino Deus, foi completamente descaracterizado ao longo do século 20, em virtude de grandes reformas urbanas. Ocupa um beco, a que chamam de avenida -- uma pequena rua com casas geminadas.
As sociabilidades de rua e as relações de auxílio mútuo, caracterizam o "morar em casa de avenida" - modo de vida que é um dos elementos centrais na identidade dessa comunidade. São aproximadamente 80 famílias que vivem em uma das últimas "avenidas" da região, a Luís Guaranha, historicamente ocupada por famílias negras.
O barão João Baptista da Silva Pereira, proprietário do local, ao falecer, deixou suas terras em herança à esposa, baronesa Maria Emília de Meneses, que, sem saber administrar os negócios, acabou por abandonar os negros à própria sorte. Em 1888, com a morte da viúva, os escravos ficaram soltos, sobrevivendo de atividades como lavar, passar e cozinhar.
Anos mais tarde, chegou a urbanização e, com ela, a redução da área, que mantém hoje apenas uma rua com as características originais, onde vive parte da comunidade.
Marcelo Miranda
Jornalista - MTb. 6824
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