Conversas Sobre Inclusão
Rede de Escolas promove palestra sobre inclusão da cultura indígena
Ação reúne anualmente a comunidade escolar e acadêmica
Nesta terça-feira, 30, os professores das escolas da Rede de Ensino da Ulbra se reuniram no Plenarinho do prédio 10, no campus Canoas, para uma palestra sobre a inclusão da cultura indígena. Os palestrantes convidados foram Kassiane Schwingel, assessora de projetos do Conselho de Missão entre Povos Indígenas (Comin), e Marcos Vesolosquzki, do povo indígena Kaingang.
O objetivo da Conversas Sobre Inclusão, iniciativa realizada pela Diretoria de Educação Básica da Ulbra, é estabelecer uma metodologia diferenciada junto aos professores e aproximar os temas da realidade da comunidade escolar. A diretora responsável pela Rede de Escolas, Núrfis Vargas, destacou que a atividade não se restringe aos docentes. O foco, segundo ela, "é não deixar a atividade restrita aos coordenadores e professores, pois é fundamental a presença dos pais, dos familiares e dos alunos" das escolas da Ulbra. Turmas de Pedagogia, Educação Física e História também estiveram presentes na palestra.
Convidado para contar suas experiências no ambiente universitário e sobre seu ativismo na reivindicação da inclusão da cultura indígena nas salas de aula, o graduando de Direito do 9º semestre, Marcos Vesolosquzki, ressaltou a importância de trazer o tema para a conversa com a comunidade escolar e acadêmica. "Nós temos uma grande diversidade de culturas, etnias, línguas, costumes e usos, isso está presente no Brasil todo, então é natural que se faça presente na sala de aula", explicou ele. Na opinião de Marcos, ainda há um desconhecimento dessa cultura, principalmente pela "invisibilidade que os povos indígenas enfrentam há mais de 500 anos", mas que recentemente vem atenuando com a busca de um maior protagonismo de ativistas indígenas como ele.
Kassiane, que fez uma introdução sobre o tema antes dos relatos de Marcos, realiza um trabalho de formação e conscientização com não indígenas. Ela trouxe em sua abordagem as possibilidades de criação de aulas e atividades que insiram a cultura indígena no conteúdo escolar e acadêmico. "Nós precisamos pensar como a sala de aula não indígena pode ser um espaço de valorização desses conhecimentos e de trabalho justo sobre as questões dos povos nativos do nosso país", completou.
Leonardo Magnus
Jornalista Mtb 19305/RS
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