Em Nome da Ciência
Grupo promove o cuidado materno-infantil e a primeira infância no HU
Gestantes de alto risco e bebês prematuros têm acompanhamento gratuito
O projeto de extensão O Bebê e seu Mundo, iniciativa interdisciplinar de promoção da saúde materno-infantil e atenção à primeira infância, é um importante trabalho que está sendo realizado junto às gestantes atendidas pelo Hospital Universitário (HU) de Canoas, no Rio Grande do Sul, sob a coordenação de Aline Groff Vivian.
Em sua equipe, a docente dos cursos de Medicina e Psicologia conta com a colaboração do cirurgião dentista e professor do Programa de Pós-graduação em Promoção da Saúde (PPGProSaúde), Maximiano Ferreira Tovo, das fisioterapeutas Beatriz Paim e Bibiana Silveira, nos atendimentos da Clínica Escola de Fisioterapia, além da pediatra Fernanda Escarpa, que integra a equipe de aleitamento, e da ginecologista e obstetra Tiane Salum Nogueira.
O trabalho iniciado em 2018 tem por objetivo atender gestantes de alto risco desde o primeiro trimestre da gravidez, período onde muitas mulheres já necessitam ficar internadas aguardando o nascimento de seus bebês. As mães recebem acompanhamento até que as crianças completem três anos de vida. Assim, é analisado o impacto deste tipo de gestação no apego materno-infantil.
"Neste estudo, realizamos também intervenções, que são práticas interdisciplinares onde as gestantes, além de responderem a instrumentos de pesquisa, recebem atendimento semanal de uma equipe qualificada de docentes, discentes e mestrandos do PPGProSaúde, onde são desenvolvidos vários temas, como autocuidado, práticas mais saudáveis, alimentação e cuidados afetivos da mãe com o bebê durante a gestação", resumiu a coordenadora Aline.
Resumo do projeto
A promoção da saúde materno-infantil e a primeira infância vêm recebendo destaque pelo potencial de prevenção que as intervenções nessa área apresentam, principalmente em termos de educação e assistência, onde estas ações são consideradas essenciais desde o início do ciclo da vida.
A integração de conhecimentos de diferentes segmentos contribui para a compreensão da ampla concepção do processo saúde-doença e de seus determinantes, bem como a mobilização de recursos institucionais para seu enfrentamento e resolução.
Aline e seu grupo trabalham neste projeto com o objetivo de implementar ações interdisciplinares sistemáticas para promoção da saúde materno-infantil às gestantes e puérperas do ambulatório de Ginecologia e Obstetrícia e Alojamento Conjunto do HU e, também, a bebês e crianças com transtornos no desenvolvimento neuropsicomotor e suas famílias, na Clínica Escola de Fisioterapia.
A equipe, composta por docentes, discentes bolsistas e voluntários das áreas da Medicina, Psicologia, Odontologia e Fisioterapia, vem realizando, no período de março a dezembro de 2018, intervenções de educação e bem-estar ao público atendido pelo projeto. Aleitamento materno e técnicas de amamentação, acesso à assistência odontológica durante o pré-natal, aspectos psicológicos e fatores emocionais envolvidos na relação mãe-criança, bem como entrevistas qualitativas acerca das representações maternas sobre o bebê na gestação e escalas de apego materno-fetal, vinculação parental, ansiedade e depressão, são alguns dos tópicos trabalhados no programa.
Maximiano destaca que sua contribuição através dos conhecimentos em odontologia leva informações sobre saúde bucal para as mães, desmistificando muitas crenças e práticas populares: "as pacientes recebem orientações sobre dieta, hábitos de higiene bucal e práticas de escovação com os bebês, além de dicas de introdução mais tardia de açúcar na alimentação das crianças, quais cremes dentais são mais adequados e outras dicas que levam inúmeros benefícios para os dois no dia a dia".
A importância deste projeto, segundo a médica obstetra Tiane Salum Nogueira, está na troca de experiências e saberes compartilhados em cada reunião. "Nos encontros, percebemos o quanto existe de sabedoria nestas mães, que, mesmo passando por estas intercorrências nas gestações, internadas numa unidade hospitalar, trazem consigo muita riqueza de valores. Mostram-se, também, carentes de informações que nós, como profissionais de saúde, conseguimos suprir", acrescentou a especialista.
Acesse aqui para conferir a matéria produzida pela Ulbra TV.
Andréia Pires
Jornalista - MTb.: 17.976
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