Conflitos Geopolíticos
Aula inaugural da Comunicação traz relatos sobre a Guerra na Síria
Cientista político e fotógrafo conversaram com os acadêmicos
Na noite desta quarta-feira, 29 de agosto, o cientista político Bruno Lima Rocha e o fotojornalista Alexandro Auler, estiveram na Ulbra Canoas para uma conversa com os estudantes de Comunicação na aula inaugural do curso. O encontro teve como tema Conflitos Geopolíticos Contemporâneos: a Guerra na Síria e iniciou com a exibição do documentário Faces de um conflito, que mostra a experiência de Auler durante o período em que esteve em Kobane, cidade na fronteira da Síria.
Na ocasião, a professora e coordenadora adjunta do curso de Jornalismo, Gabriela Almeida, salientou a proposta da aula inaugural para esse semestre. "O evento foi pensado com o objetivo de discutir questões sociopolíticas contemporâneas e pensar principalmente a importância disso para uma formação em comunicação", afirma.
Durante o bate-papo, Auler abordou a sua motivação em ir para a região da Síria. "O que me motivou foram os limites impostos e as aventuras, fazer uma denúncia e ir ao extremo com minha profissão", comentou. Em Recife, ele trabalhou bastante tempo em redação de jornal cobrindo pautas policiais. Em 2010, no Rio de Janeiro, começou a cobrir a guerra do tráfico no Complexo do Alemão e realizou matérias na Baixada Fluminense. "O jornalista de hard news tem esse sonho de estar numa região de combate de guerra pelo fato da importância daquela notícia", salientou o convidado.
Em 2014, Auler ainda foi para Europa. Viajou para a Ucrânia, um país que também estava em guerra. "Estar na Síria me mostrou o que é ser brasileiro, a gente consegue ver de fora a nossa realidade e o quanto somos bons em algumas coisas e diferentes em outras", finaliza.
Ainda durante a noite, Bruno Lima Rocha compartilhou suas experiências sobre o estado islâmico. Conforme o convidado, ninguém sabe se o líder do estado islâmico está vivo. "Ele como todo líder político religioso da região não é uma pessoa de poucos conhecimentos, fazia doutorado em Teologia e para se formar autoridade religiosa no mundo islâmico sunita precisa estudar no Egito ou na Arábia Saudita. O estado islâmico hoje é muito minguado, praticamente não tem mais condições operacionais e se perdeu a liderança", explicou.
A diferença, conforme Rocha, é que o estado islâmico conseguiu entrar na França e na Bélgica e a Turquia era o seu estado de apoio. "Um jovem de origem árabe ou de origem africana islamizado entrava na Turquia com um passaporte europeu e conseguia chegar na Síria e se filiar ao estado islâmico", finalizou o convidado.
Luiz Felipe Machado
Estagiário de Jornalismo da Ulbra Canoas
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