Doutorado Ulbra
Doutoranda realiza pesquisa junto a trabalhadores de carvoarias
No estudo, aluna do PPGBioSaúde trata do risco operacional da atividade
O trabalho em carvoarias e o risco operacional desta atividade para a saúde dos profissionais e moradores das áreas onde a extração é praticada pautam o trabalho da doutoranda Melissa Rosa de Souza, aluna da Universidade Luterana do Brasil. A pesquisa realizada dentro do Programa de Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular Aplicada a Saúde conta com dados obtidos através da coleta de sangue e outros materiais, feita no mês de julho, em moradores do município de Candiota, no Rio Grande do Sul, que possui 38% das jazidas do país. Essa é a primeira etapa de um estudo que contará com a participação da amostragem de 400 pessoas habitantes das cidades de Aceguá, Bagé, Candiota e Pinheiro Machado.
O objetivo do estudo, denominado Saúde Ambiental: Avaliação do ambiente e de população humana em regiões sob influência de usina termelétrica à base de carvão, produzido por Melissa, com orientação de Juliana da Silva, docente do PPGBioSaúde, é avaliar a saúde das comunidades que residem no entorno de áreas de exploração e queima do mineral, levando em conta a relação do ambiente e a direção preferencial de ventos.
Ao realizar a coleta das amostras de sangue, urina e mucosa oral, propostas pelo estudo, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da Ulbra, a biomédica e mestre em Biologia Celular e Molecular Aplicada à Saúde aplicou também o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e um questionário com perguntas pertinentes ao tema. "A pesquisa não pretende acabar com as usinas de carvão, mas sim buscar alternativas e estratégias para uma melhor qualidade de vida e controle da poluição ambiental", esclarece a doutoranda que prevê a conclusão e obtenção dos resultados finais do trabalho em até três anos.
Melissa lembra que, mesmo com a publicação e ampla divulgação dos resultados na tese e em periódicos científicos, a identidade dos voluntários seguirá sendo preservada. "A participação nesta pesquisa é espontânea e anônima. Cada um receberá a análise dos testes de forma individual, e, conforme o interesse da população, poderemos também organizar um momento de apresentação dos dados obtidos", finaliza a pesquisadora, que já havia desenvolvido sua dissertação de mestrado focada nos mineiros que trabalham diretamente com o carvão.
A indicação dos interessados em participar da amostragem se deu através da parceria da Ulbra com prefeituras e escolas dos municípios visitados, além do apoio da Universidade da Região da Campanha (Urcamp), de Bagé.
Andréia Pires
Jornalista - MTb.: 17.976
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