Rotina organizada
Gestão do tempo possibilita conciliar trabalho e estudo
90% dos alunos estudam e trabalham, estima coordenadora de Administração
Aos 37 anos, Cleyton Banpti está prestes a colocar as mãos no seu tão sonhado diploma de curso superior. Estudante do último semestre de Administração da Ulbra Canoas, o gaúcho de 37 anos, natural de São Leopoldo, fez todo o bacharelado no tempo regular e no meio do ano deve colar grau, exatamente um mês antes de a esposa, a aluna de licenciatura em Pedagogia, Daiane Ganger, também concluir a graduação.
Casado, pai de dois filhos, ele reconhece que a rotina acelerada e uma agenda cheia de tarefas pode ser pesada e extenuante, mas de forma alguma impossível de ser conciliada com os estudos. "Muitas vezes eu fiquei acordado até muito tarde para finalizar trabalhos ou estudando para as provas semestrais, mas sempre soube o segredo para evitar que desistisse: não procrastinar e manter-me sempre organizado e ativo", conta Banpti, que, desde o seu ingresso na Ulbra, em meados de 2014, manteve um cronograma de estudos rígido, dividindo os horários de uso do único computador pessoal da família com sua mulher.
A trajetória do supervisor técnico metalúrgico é como a de inúmeros outros acadêmicos da Universidade Luterana do Brasil que conciliam trabalho, estudos e família, como explica a coordenadora do curso de Administração, professora Adriana Capelão. "Praticamente 90% dos nossos alunos estudam, trabalham e ainda lidam com afazeres domésticos e família, mesmo tendo os três turnos ocupados. Hoje, essa é a realidade de uma grande parcela da população brasileira", comenta a educadora, que, apesar de estar do outro lado das classes escolares, também integra essa estatística.
Docente titular do curso de Ciências Econômicas, Sandro Wollenhaus é especialista na arte de se virar nos 30. Autor do livro Administração do tempo em um mundo sem tempo (Piro Editorial, 2006, 115 páginas), o economista explica que saber hierarquizar as demandas do cotidiano é essencial. "O brasileiro, de maneira geral, tem mania de deixar as coisas para a última hora e as organizações não enxergam esse comportamento com bons olhos. Dessa forma, é importante não querer abraçar o mundo e sempre manter uma agenda, onde as tarefas estejam elencadas por nível de prioridade, separando aquilo que é urgente daquilo que é somente importante", sugere Wollenhaus, que reconhece na metodologia a chave para a saúde organizacional de um profissional. "Só assim para não acabarmos como bombeiros, arriscando a pele e apagando incêndios", brinca o escritor.
Bampi, por sua vez, nunca precisou de manuais para correr contra o relógio, mas entende que nem todos são como ele. "Tem gente que nem com um dia de 48 horas consegue matar tudo no peito", relativiza Cleyton, que deixa uma dica para quem deseja ingressar na universidade. "Pode parecer batido, mas quando a pessoa sabe o que quer, ela dá um jeito de conseguir", reflete, ao oxigenar um velho ditado popular.
Marcus Perez
Jornalista Mtb 17.602
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