Acessibilidade
Diagnóstico precoce de autismo é tema de debate na Ulbra Canoas
Palestra abriu o II Seminário de Integração de PCDs na Igreja
Mais de 120 alunos, professores e colaboradores da Ulbra participaram, na manhã desta terça-feira, 22 de maio, da palestra de abertura do II Seminário da Igreja como Espaço de Integração de Pessoas com Deficiência, realizado no auditório do prédio 59 do campus Canoas.
Na ocasião, a mestre em Educação pela UFRGS, licenciada em Educação Física pela UFPEL e ex-professora da Universidade Luterana do Brasil, Aniê Coutinho de Oliveira, falou sobre os malefícios que o diagnóstico irresponsável do autismo pode provocar ao desenvolvimento cognitivo de crianças de até três anos de idade.
O Transtorno do Espectro Autista é uma síndrome neurológica grave caracterizada pela dificuldade de comunicação, de interação social e marcada pelo desenvolvimento de comportamentos compulsivos e repetitivos. Ainda sem a cura, os fatores que podem contribuir para o seu aparecimento são desconhecidos pela ciência.
Conforme Aniê, a sociedade hoje passa por uma epidemia de casos de autismo. Nos EUA, o número de diagnósticos da doença cresceu 80% em um período de 8 anos. Entretanto, segundo a educadora, muitos desses pacientes são avaliados de forma equivocada por profissionais de saúde. "Em algumas escolas da rede pública de Canoas há crianças sendo tratadas como autistas e tomando medicações antes dos dois anos de idade. Isso é absurdo, pois não é possível fechar um diagnóstico antes dos cinco anos, que é quando o indivíduo termina de formar sua personalidade", explica a pesquisadora, que atribui esse movimento precoce às alterações da Lei 8069 do Estatuto da Criança e do Adolescente.
"A legislação diz que é obrigatória aplicação de um protocolo para a identificação de sinais de risco psíquico em bebês de até 18 meses. Esse formulário é aplicado em massa nos postos de saúde, o que pode gerar um volume imprudente de diagnósticos", disse a palestrante, que apontou o preconceito como sendo o principal prejuízo provocado pela caracterização incorreta do autismo.
Evento integra a V Semana Ulbra de Acessibilidade
Mais cedo, durante a cerimônia de abertura do Seminário, o coordenador do Programa Permanente de Acessibilidade da Ulbra, Laíno Schneider, fez questão de enfatizar a importância da promoção de debates ininterruptos acerca da inclusão social de pessoas com deficiência e/ ou mobilidade reduzida. "Nem sempre reflexões como essa ocorrem ao longo do nosso dia a dia. É ao nos debruçarmos sob assuntos como a deficiência que nós percebemos a complexidade do ser humano. Acessibilidade é aquilo que é bom para todos. Se eu faço hoje uma rampa para um cadeirante, gestante ou pessoa idosa, também estou sendo beneficiado por aquilo, pois não estou livre de um dia ter de utilizar aquela facilidade arquitetônica. Se pensarmos dessa maneira, construiremos, uma sociedade mais participativa e integrada", garantiu o gestor e idealizador da atividade.
O II Seminário a Igreja como Espaço de Integração de Pessoas com Deficiência integra a V Semana Ulbra de Acessibilidade, evento que acontece de 21 a 26 de maio em todos os campi da Instituição de Ensino Superior no Rio Grande do Sul. Mais informações podem ser obtidas na página www.ulbra.br/acessibilidade.
Marcus Perez
Jornalista Mtb 17.602
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