Extensão
Fórum do Naviv debate as consequências da alienação parental
Aniversário de 21 anos do Núcleo foi comemorado na ocasião
Cerca de 80 acadêmicos do curso de Psicologia da Ulbra participaram, na manhã desta quarta-feira, 9 de maio, da 18ª edição do Fórum do Núcleo de Atendimento a Vítimas de Violência (Naviv), no auditório 219 do prédio 1. Na ocasião, o Juiz de direito da 2ª Vara de Família da Comarca de Canoas, Diego Leonardo Di Marco Pineiro, foi convidado para palestrar sobre alienação parental, prática em que um dos genitores coloca o filho contra o outro, com o intuito de estimular o repúdio da criança ou adolescente pelo pai ou a mãe. Para ilustrar o significado do termo, cunhado pela primeira vez em 1985, pelo psiquiatra norte-americano Richard Gardner, o conferencista exibiu trechos do documentário A Morte Inventada, de Alan Minas.
No filme, filhos de pais divorciados explicam como superaram situações dramáticas envolvendo conflitos familiares e como a alienação do convívio com a figura paterna pode prejudicar o amadurecimento de um indivíduo. "Uma criança sempre sofre as consequências de uma separação. O que vai determinar se as marcas do processo serão permanentes ou temporárias é justamente o comportamento dos pais. O ideal é que eles consigam conversar sobre assuntos de interesse dos filhos na frente deles, uma vez que isso transmite a mensagem de que o casamento pode acabar, mas que a família dura para sempre", explicou o juiz.
Por quase uma hora, Pinero mostrou como ocorreu a modernização da legislação em relação ao Direito da Família, começando pela aprovação do Estatuto da Mulher Casada, em 1962, a promulgação da Lei do Divórcio, de 1977, e culminando com a estruturação da Lei nº 12.318/2010, que tipifica os comportamentos abusivos em relação à alienação de genitores. "A concepção jurídica de família sofreu grandes transformações nos últimos 70 anos. Passamos de uma visão patriarcal, matrimonialista, sedimentada em princípios religiosos, aonde o homem cumpria o papel de provedor e a mulher era responsável pela educação dos filhos, para uma divisão menos hierarquizada e mais democrática. Hoje, graças a constituição de 1988, as famílias monoparentais e homoafetivas já são reconhecidas aos olhos da lei", analisou o palestrante.
Coquetel celebrou o aniversário de 21 anos do Naviv
Às 11h, logo após o término da palestra, os participantes foram convidados a participar de um coquetel em homenagem aos 21 anos do Naviv. Durante a celebração, as ex-professoras de Psicologia da Instituição, Sônia Rovinski e Mariângela Feijó, que foram as autoras do projeto do Núcleo de Atendimento a Vítimas de Violência, foram homenageadas pela atual coordenadora da iniciativa, a professora Carmem Aristimunha de Oliveira.
"Milhares de pessoas em situação de vulnerabilidade social conseguiram escapar de ambientes e situações tóxicas ao longo dessas duas décadas de existência do Naviv e ao que tudo indica, continuarão a encontrar no campus Canoas um espaço de acolhimento. Só entre fevereiro e março, realizamos mais de 800 atendimentos", disse a educadora, ao projetar que de 1,6 a 2 mil casos de vítimas de agressão familiar passem pela Instituição de Ensino Superior até o final do ano.
Marcus Perez
Jornalista Mtb 17.602
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