Qualidade de vida
Ulbra oferece assistência gratuita para pacientes com Doença de Parkinson
Doença acomete 1% da população mundial, conforme OMS
Aos 70 anos de idade, Paulo Renato da Silva leva uma vida saudável de exercícios, mesmo com os tremores constantes nas mãos e uma leve dificuldade de dicção. O representante de autopeças aposentado e morador do município de Canoas é mais um dos 200 mil brasileiros que convivem diariamente com a doença de Parkinson, perturbação degenerativa crônica do sistema nervoso central que afeta principalmente a coordenação motora e que, em seus estágios finais, pode levar à demência.
Diagnosticado há uma década, Silva não se abateu com a notícia. "Sou muito cabeça fria, decidi encarar de frente", comenta o idoso, que contou com o apoio da família para enfrentar os estágios iniciais da doença. Com os principais sintomas controlados há quase oito anos, ele sabe a receita para enfrentar as dificuldades impostas pela doença, que, conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), atualmente afeta em torno de 1% da população mundial. "Eu faço hidroginástica e exercícios, estou tranquilo, sei que quem faz isso consegue estabilizar o quadro geral", explica Silva, que ao lado de outras 15 pessoas participa semanalmente de encontros de um grupo de atenção secundária em saúde, para prevenção de agravos do Parkinson, na Clínica-escola de Fisioterapia da Ulbra Canoas.
No local, os participantes recebem atendimento gratuito de alunos do curso de Fisioterapia e são submetidos a testes psicomotores, exercícios de locomoção e de aquecimento muscular. São caminhadas, travessias de obstáculos, exames de reprodução de desenhos em lousa, e diversas outras atividades que ajudam a evitar o agravamento da degeneração. "Além de auxiliar o enfermo a manter suas faculdades motoras, a iniciativa também possibilita a construção de laços de fraternidade entre os próprios doentes, o que é fundamental para quem possui uma condição degenerativa crônica. A solidariedade é uma arma muito importante para retardar os efeitos do Parkinson", atesta a professora Beatriz Paim, docente que desde 2008 está à frente do projeto comunitário.
Conforme a educadora, algumas medidas são indispensáveis para quem vive com a enfermidade. Entre as principais estão o suporte familiar e o acompanhamento de especialistas. "Assim que alguém é diagnosticado, o que sugerimos é que a pessoa busque um acompanhamento fisioterapêutico", recomenda Beatriz, que confessa já ter se deparado com quadros extremamente difíceis de abandono parental. "Aqui nós sabemos de histórias de esposas que abandonaram os maridos após saberem da doença, e de filhos que pararam de procurar o pai, isso só piora a saúde do indivíduo, que, com a depressão, começa a apresentar novos sintomas. O abandono parental não é o caso de Paulo Renato, que com frequência marca de sair com seus colegas da fisio. "Nós saímos para almoçar, jogar pádel, somos muito unidos", garante o idoso.
O grupo de apoio da Universidade Luterana do Brasil funciona todas as segundas-feiras, das 9h às 11h, e às quintas-feiras, das 14h30min até as 16h, no ambulatório do prédio 22 (Av. Farroupilha, 8.001, Bairro São José, Canoas/RS). O serviço é oferecido gratuitamente, mediante disponibilidade de vaga nas turmas. As inscrições são realizadas no local. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (51) 3477-9198 ou através do e-mail clinicafisio@ulbra.br.
Marcus Perez
Jornalista Mtb 17.602
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