Pesquisa
Ulbra recebe Certificado de Qualidade em Biossegurança
Parecer técnico foi emitido pela CTNBio
O Diário Oficial da União (DOU) de 8 de março foi o portador da boa notícia aguardada pela Universidade Luterana do Brasil há quase dois anos. A nota publicada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações deferiu a solicitação da Instituição, concedendo o Certificado de Qualidade em Biossegurança (CQB) durante assembleia realizada no mês de fevereiro.
A aprovação do parecer técnico permite que a Ulbra passe a desenvolver atividades de pesquisa, em regime de contenção, e ensino, com plantas e microrganismos geneticamente modificados da Classe de Risco I no Laboratório de Células-tronco e Engenharia de Tecidos, coordenado pela Profª Drª Melissa Camassola e Laboratório de Proteínas e Peptídeos Bioativos coordenado pela Profª Drª Arlete Beatriz Becker Ritt, ambos localizados no campus Canoas.
Para o encaminhamento da solicitação junto ao órgão competente, a Universidade necessitou cumprir rigorosamente todas as normas estabelecidas. "São dois grandes projetos que envolvem os laboratórios certificados. Tudo foi descrito e encaminhado para análise em plenária da CTNBio", explica a docente Arlete Beatriz Becker Ritt, que desde 2013 preside a Comissão Interna de Biossegurança.
No dia a dia da Ulbra, esta conquista representa a possibilidade de fazer frente no segmento de organismos geneticamente modificados, atividades que até então não podiam ser realizadas dentro do Campus. "Agora nós passamos a ter autorização para desenvolver todas as etapas das pesquisas em nossa própria estrutura, o que traz mais visibilidade para a Universidade", comemora a pesquisadora.
O papel da CIBio
A Comissão Interna de Biossegurança tem como função regular as pesquisas com organismos geneticamente modificados dentro da Instituição, acompanhando todos os projetos que são desenvolvidos, garantindo que sejam seguidas todas as normas estabelecidas, além de trabalhar na produção dos relatórios que são encaminhados à CTNBio anualmente. Compõem a CIBio ao lado da presidente Arlete Beatriz Becker Ritt, vinculada ao PPGGTA-MP, os professores do PPGBioSaúde Nance Beyer Nardi, Melissa Camassola, Ivana Grivich, Maria Lucia Rosa Rosetti e Nilo Ikuta.
A CTNBio
A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança é uma instância colegiada multidisciplinar, ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, criada através da Lei nº 11.105, de 24 de março de 2005. Entre as finalidades da CTNBio estão o apoio técnico consultivo e assessoramento ao Governo Federal na formulação, atualização e implementação da Política Nacional de Biossegurança relativa a OGMs, bem como no estabelecimento de normas técnicas de segurança e pareceres técnicos referentes à proteção da saúde humana, dos organismos vivos e do meio ambiente, para atividades que envolvam a construção, experimentação, cultivo, manipulação, transporte, comercialização, consumo, armazenamento, liberação e descarte de OGMs e derivados.
Andréia Pires
Jornalista - MTb.: 17.976
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