Inscrições até 21 de março
Professores de Comunicação selecionam alunos para projetos de pesquisa
Participação dos acadêmicos é voluntária
Está aberta até o dia 21 de março a chamada para participação voluntária de alunos dos cursos de Comunicação Social da Ulbra nos projetos de pesquisa desenvolvidos pelos professores e certificados pela Universidade.
Os interessados devem ler os resumos dos projetos listados abaixo e entrar em contato com o (a) professor (a) responsável por email ou na coordenação do curso, informando seu interesse.
HORROR E EXPERIÊNCIAS ESTÉTICAS POSSÍVEIS NO AUDIOVISUAL CONTEMPORÂNEO
O projeto busca investigar características das possíveis experiências estéticas propostas pelo gênero horror na contemporaneidade, sobretudo por filmes que tenham alcançado sucesso de público, crítica e em festivais. A ideia é pensar o horror para além do medo, trajetória de pesquisa iniciada com a tese O Dispositivo do olhar no cinema de horror found footage, defendida em abril de 2017 no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul -- UFRGS. Assim, o objetivo da pesquisa é compreender como os filmes engendram os fenômenos sensíveis com o horror e quais as relações desses com questões sociais, políticas e culturais contemporâneas. A concepção de experiência com o desconhecido é formulada, principalmente, a partir de Eugene Thacker (2011). Os procedimentos metodológicos serão organizados por meio de leituras, visualização de filmes, debates, análises textuais, realização de ensaios audiovisuais (video essays) e artigos. Pré-requisitos para os bolsistas: conhecimentos em Inglês para a leitura de textos e, se possível, em edição de vídeo.
Professora responsável: Dra. Ana Acker (ana_acker@yahoo.com.br)
COLETIVOS DE JORNALISMO NO SUL DO BRASIL: CAPACIDADE DE INOVAÇÃO SOCIAL EM PROJETOS DE MÍDIA DESENVOLVIDOS NO CONTEXTO UNIVERSITÁRIO
A proposta de pesquisa parte do argumento central de que o jornalismo não é uma propriedade da indústria da informação. Interessa, portanto, investigar de que modo os coletivos de mídia/jornalismo, considerados alternativos em relação às grandes empresas de comunicação, caracterizam-se quanto a sua capacidade de inovação social. Por caracterizar-se como um negócio social (SAAD, 2014), o jornalismo não é capaz de sustentar-se economicamente se não pelo fortalecimento de sua relevância como conhecimento e capacidade de diálogo com a sociedade. Pretende-se, desse modo, analisar a capacidade de inovação social pelo viés dos direitos humanos. A pergunta fundamental do projeto constitui-se em: os coletivos de jornalismo gestados dentro das universidades tem maior capacidade de abordar e debater temáticas relacionadas aos direitos humanos do que a mídia tradicional? Parte-se de conceitos como o jornalismo enquanto forma de produção social de conhecimento (GENRO FILHO, 2012), a constituição de alteridades no jornalismo (RESENDE, 2009), ética jornalística (KARAM, 2007) e inovação social (SPINELLI, 2017).
Professora responsável: Dra. Vanessa Hauser (hauservanessa@gmail.com)
FIGURAÇÕES DA VIOLÊNCIA NO CINEMA DOCUMENTÁRIO
A pesquisa visa compreender os modos pelos quais o cinema não-ficcional dá a ver a violência, especialmente em documentários políticos contemporâneos. Diante, por exemplo, da recente profusão de documentários que abordam a violência do estado e que dão voz a torturadores e demais agentes da violência, subvertendo certa tradição que costuma ouvir as vítimas e não os perpetradores da violência, considera-se importante analisar como esta produção vem tentando construir formas de figuração da violência que passam por - mas ao mesmo tempo transbordam - as discussões mais comum a respeito da representação, dos limites entre ética e estética e da assunção de procedimentos ficcionais pelo documentário, convidando a exercitar outros olhares. Busca-se, especialmente, compreender estes filmes como narrativas que acionam uma memória que não se restringe ao testemunho da vítima ou às evidências documentais, mas que se valem de métodos como a reencenação da tortura, entrevistas com carrascos e ativação do arquivo como dispositivo de confronto. Estes expedientes serão tratados na pesquisa como formas de performance da violência e analisados à luz de autores como Taylor (2003), Carlson (2010), Schechner (1977 e 2002), Brink e Oppenheimer (2012), Fischer-Lischte (2008), Ginzburg (2014) e Sontag (2003).
Professora responsável: Dra. Gabriela Almeida (gabriela.mralmeida@gmail.com)
ESTÉTICAS DA INSOLÊNCIA (a perspectiva epistêmica pode ser adequada a outras culturas contemporâneas em sua relação com o midiático)
Este projeto investiga produções culturais negras contemporâneas, atravessadas pelo midiático, considerando o contexto de sociedade em midiatização (BRAGA, 2007). Propõe-se a existência de afectos identitários que emergem de produtos culturais negros que estabelecem uma permanência de rastros de memória. A fim de enfrentar os muitos textos possíveis de observação, ou reanálise, propõe-se o uso da noção de duplo na constituição de um modelo heurístico (CAMPOS, 2016). O duplo é constituinte do afro na diáspora, resultado e resistência ao encontro de culturas e é o principal rastro de africanismo e uma matriz cultural da diáspora, baseado numa tradição presentificada. Estes afectos tem sido denominados no conjunto da pesquisa como insolentes. Utiliza-se como conceitos norteadores afeto (SODRÉ, 2014; 2006; LOPES, 2013), afecto (DELEUZE, 2006; SODRÉ, 2014; 2006; LOPES, 2017), performance (SCHECHNER, 2012), encontro (GLISSANT, 2005), territorialidade (SANTOS, 1996) e Atlântico Negro (GILROY, 2001), em suas perspectivas de geopolítica e geocomunicacional. Segue-se, portanto, a proposição de Fanon (2005) de crítica à modernidade racialista que leve em consideração memórias e experiências dos povos discriminados.
Professor responsável: Dr. Deivison Campos (deivison_campos@hotmail.com)
RASTROS DE TRADIÇÕES E MODERNIDADES NOS REGISTROS FOTOGRÁFICOS FAMILIARES DOS ANOS 50 E 60 (a perspectiva epistêmica pode ser adequada a outros grupos étnicos e lugares)
A presente proposta de pesquisa tem como objeto de estudo a afetação das sociabilidades da população negra da Bacia do Mont'Serrat pelo processo de modernização e urbanização de Porto Alegre entre as décadas de 40 e 60. A região, originalmente pertencente ao 2º Distrito e depois transformada em bairro no Plano Diretor da Cidade de 1959, foi ocupada na virada do século XIX por famílias negras, fundindo-se territorialmente à Colônia Africana -- área de ocupação anterior. A denominação de Bacia marca a forte presença de casas de Batuque na região. No entanto, essa foi uma das inúmeras formas de sociabilidade e de relações cotidianas negras, produzidas nesta região e, de maneira geral, nos diferentes territórios negros tradicionais (CAMPOS, 2006) que existiram neste período, como os clubes sociais e esportivos, os salões de festa, os piqueniques, os grupos carnavalescos entre outros, além de flagrantes cotidianos. Rastros dessas sociabilidades e o tensionamento entre tradição e modernidade estão guardas em registros fotográficos familiares que, além de memórias afetivas, mantém referências desse "presente passado" (GUMBRECHT, 2014).
Professor responsável: Dr. Deivison Campos (deivison_campos@hotmail.com)
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