Terapia a base de ozônio
Ulbra oferece tratamento de ozonioterapia para animais
Serviço é disponibilizado no Hospital Veterinário do campus Canoas
Imobilizada por duas alunas do curso de Medicina Veterinária da Ulbra, uma ovelha da raça Suffolk tem sua pata esquerda traseira colocada em uma bolsa plástica conectada a um pequeno dispositivo eletrônico. Este por usa vez, é ligado a um cilindro com capacidade de 15 metros cúbicos de oxigênio. Após 10 minutos, o ovino, acometido por um caso de miíase (bicheira), é desconectado do aparelho e, no local da ferida, um óleo é aplicado.
Pouco antes, dentro em uma das salas do ambulatório do Hospital Veterinário do campus Canoas, a professora Viviane Pinto inseria uma injeção na extremidade da pata dianteira de um animal, dessa vez, um felino, o gato Mimoso, que aos sete anos de idade apresentava um quadro clínico complicado, agravado por problemas circulatórios relacionados ao surgimento de um tumor. Apesar de distintos, ambos os casos receberam o mesmo tratamento: a ozonioterapia.
Utilizado pela primeira vez como bactericida nas linhas de frente da primeira Guerra Mundial, o ozônio, ou O3, é um gás natural encontrado em abundância na atmosfera terrestre, mas quando combinado com oxigênio medicinal e utilizado em concentrações adequadas, possui uma série de propriedades analgésicas e anti-inflamatórias. Pode ser utilizado em casos de insuficiência renal, hérnia de disco, artrite reumatoide, problemas autoimunes, em feridas e no combate a dor.
"O procedimento da ozonioterapia pode ser combinado com um tratamento convencional ou substituí-lo, depende do tipo de doença. Já atendemos pacientes com cistites resistentes a todos os antibióticos e que ficaram curados", explica a docente da Universidade, que há dois anos oferece o serviço para a comunidade de Canoas e de cidades da região metropolitana de Porto Alegre.
Uso recorrente em animais
Segundo Viviane, os métodos de aplicação do gás variam muito, mas o processo começa sempre da mesma forma. "Nós conectamos o tubo de oxigênio medicinal em um gerador de ozônio que, por meio de uma descarga elétrica, transforma o O2 em O3", revela a educadora. Mesmo possuindo poucas contraindicações, o procedimento em humanos ainda é proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Atualmente, tramita no congresso um projeto que visa sua regulamentação, assim como já ocorre em Cuba, algumas regiões dos EUA, na Itália e outros países da Europa. Já na odontologia e em animais, o uso é recorrente em território nacional.
No Rio Grande do Sul, o Hospital Veterinário da Ulbra é um dos poucos estabelecimento privados a adotar esse tipo de recurso. "Nós temos bastante demanda por esse serviço, mas sempre buscamos atender e encaixar os pacientes que necessitam desta terapia", conta a docente que recomenda: "Se o seu pet possui dor, feridas de pele, dificuldade de caminhar, problemas renais, cistites recorrentes ou otites, procure a ozonioterapia".
A terapia a base de ozônio é disponibilizada para animais de pequeno e médio porte e é realizada no HV mediante agendamento prévio. Uma sessão possui valor fixo de R$ 45,00 para o público externo. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (51) 3477-9212 ou através do e-mail hospitalveterinario@ulbra.br.
Marcus Perez
Jornalista Mtb 17.602
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