Terapia a base de ozônio
Ulbra oferece tratamento de ozonioterapia para animais
Serviço é disponibilizado no Hospital Veterinário do campus Canoas
![](https://www.ulbra.br/upload/973c68553c7d6663f716e66c85b5fab9.jpg)
Imobilizada por duas alunas do curso de Medicina Veterinária da Ulbra, uma ovelha da raça Suffolk tem sua pata esquerda traseira colocada em uma bolsa plástica conectada a um pequeno dispositivo eletrônico. Este por usa vez, é ligado a um cilindro com capacidade de 15 metros cúbicos de oxigênio. Após 10 minutos, o ovino, acometido por um caso de miíase (bicheira), é desconectado do aparelho e, no local da ferida, um óleo é aplicado.
Pouco antes, dentro em uma das salas do ambulatório do Hospital Veterinário do campus Canoas, a professora Viviane Pinto inseria uma injeção na extremidade da pata dianteira de um animal, dessa vez, um felino, o gato Mimoso, que aos sete anos de idade apresentava um quadro clínico complicado, agravado por problemas circulatórios relacionados ao surgimento de um tumor. Apesar de distintos, ambos os casos receberam o mesmo tratamento: a ozonioterapia.
Utilizado pela primeira vez como bactericida nas linhas de frente da primeira Guerra Mundial, o ozônio, ou O3, é um gás natural encontrado em abundância na atmosfera terrestre, mas quando combinado com oxigênio medicinal e utilizado em concentrações adequadas, possui uma série de propriedades analgésicas e anti-inflamatórias. Pode ser utilizado em casos de insuficiência renal, hérnia de disco, artrite reumatoide, problemas autoimunes, em feridas e no combate a dor.
"O procedimento da ozonioterapia pode ser combinado com um tratamento convencional ou substituí-lo, depende do tipo de doença. Já atendemos pacientes com cistites resistentes a todos os antibióticos e que ficaram curados", explica a docente da Universidade, que há dois anos oferece o serviço para a comunidade de Canoas e de cidades da região metropolitana de Porto Alegre.
Uso recorrente em animais
Segundo Viviane, os métodos de aplicação do gás variam muito, mas o processo começa sempre da mesma forma. "Nós conectamos o tubo de oxigênio medicinal em um gerador de ozônio que, por meio de uma descarga elétrica, transforma o O2 em O3", revela a educadora. Mesmo possuindo poucas contraindicações, o procedimento em humanos ainda é proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Atualmente, tramita no congresso um projeto que visa sua regulamentação, assim como já ocorre em Cuba, algumas regiões dos EUA, na Itália e outros países da Europa. Já na odontologia e em animais, o uso é recorrente em território nacional.
No Rio Grande do Sul, o Hospital Veterinário da Ulbra é um dos poucos estabelecimento privados a adotar esse tipo de recurso. "Nós temos bastante demanda por esse serviço, mas sempre buscamos atender e encaixar os pacientes que necessitam desta terapia", conta a docente que recomenda: "Se o seu pet possui dor, feridas de pele, dificuldade de caminhar, problemas renais, cistites recorrentes ou otites, procure a ozonioterapia".
A terapia a base de ozônio é disponibilizada para animais de pequeno e médio porte e é realizada no HV mediante agendamento prévio. Uma sessão possui valor fixo de R$ 45,00 para o público externo. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (51) 3477-9212 ou através do e-mail hospitalveterinario@ulbra.br.
Marcus Perez
Jornalista Mtb 17.602
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