Ação conjunta
Ulbra, HU e SME unidas pela alfabetização de Bernardo
Ação conjunta leva escola até a UTI Pediátrica
Educar fora do ambiente tradicional da sala de aula é uma tarefa desafiadora, principalmente quando o cenário é uma Unidade de Tratamento Intensivo Pediátrica. Neste contexto, a Universidade Luterana do Brasil, em parceria com o Hospital Universitário de Canoas e a Secretaria Municipal de Educação, atua para levar a escola até Bernardo Moreira Loureiro, 8 anos, que há 7 reside no centro hospitalar à espera de um transplante pulmonar.
A condição especial do aluno e o espaço onde o aprendizado acontece exigem maior empenho dos professores que precisam contornar as variações do quadro de saúde e humor da criança para, aos poucos, inserir em sua rotina letras, números, formas e cores. "O esforço conjunto de todos os envolvidos neste trabalho proporcionou ao menino melhorias visíveis neste semestre, como a melhora na motricidade fina, o que já permite a ele comer com a própria mão, por exemplo. As aulas são muito aguardadas, um momento que o Bernardo realmente curte. Para seguirmos obtendo bons resultados é importante alinharmos o que será realizado em 2018", afirmou a responsável técnica pela UTI e rotineira, Luciane Gomes da Cunha, em reunião realizada no HU na tarde da terça-feira, 12, com objetivo de definir os próximos passos da alfabetização do paciente.
Para a formanda do curso de Pedagogia EAD da Ulbra, Luiziana da S. Oliveira, a evolução é visível: "Chama atenção a maneira com o aluno vem demonstrando o que aprende nas aulas, como as associações em relação às formas geométricas com janela e chapéu, por exemplo. É um avanço grande. Quando eu e a Auxiliadora iniciamos o trabalho, ele não queria sair do leito. É gratificante esse resultado. As descobertas feitas por ele são fantásticas".
Além da médica responsável e da estagiária atual do projeto, estiveram presentes no encontro Lauraci Donde da Silva, docente e orientadora, Marlene Terezinha Fernandes, coordenadora da graduação, Luci Bubinck Lopes, professora titular, e Renata Flores, diretora da Educação Inclusiva da SME, que tratou das questões burocráticas que envolvem o processo de alfabetização especial do paciente dentro do município, como a escolha dos próximos profissionais que darão sequência ao trabalho.
Hoje, na Universidade, em razão da demanda de alunos interessados em participar do estágio curricular dentro do HU de Canoas, foi desenvolvido um processo de seleção com regulamento e entrevistas para identificar um perfil de educador mais adequado para atuar dentro deste ambiente diferenciado. "Tem que ter um olhar a mais com ele. De inclusão", definiu a professora Luci.
Assim, Bernardo e sua rede de parceiros se preparam para mais um ano de desafios com a meta de iniciar o processo de formação do ensino fundamental. "Quando uma criança especial levanta um braço é tão precioso. O contrário também decepciona. Há um vínculo que se cria com ela. Trazer o mundo para dentro do quarto do Bernardo é muito importante", acrescenta a diretora municipal.
Andréia Pires
Jornalista - MTb.: 17.976
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