Felipe Guterres D'Ávilla é estudante do primeiro semestre do curso de bacharelado em Química Industrial da Ulbra Foto: Luiz Munhoz/Ulbra

O Concurso Cultural que quer escolher a nova fragrância dos ônibus da companhia de Viagens Ouro e Prata chegou ao fim na tarde desta sexta-feira, 1º de dezembro, após a escolha do grande vencedor da competição. Depois de uma hora de apresentação, no auditório 219 do prédio 1 do campus Canoas, os aromatizadores desenvolvidos pelo estudante do primeiro semestre do curso de bacharelado em Química Industrial da Ulbra, Felipe Guterres D'Ávilla foram selecionados pela empresa gaúcha para serem produzidos em escala e utilizados nos carros da companhia.  

As duas fórmulas vencedoras, uma confeccionada à base de gengibre, laranja e hortelã e a outra contendo extratos de manga rosa foram desenvolvidas ao longo de mais de um mês, entre o trabalho de pesquisa e os experimentos laboratoriais. Os resultados são odores cítricos, que lembram  aromas encontrados na natureza, como explica o calouro. "Busquei sintetizar algo que remeta às paisagens que encontramos durante as viagens, bem diferente do cheiro típico de um ônibus", descreve o acadêmico, que percebe o concurso como sendo enriquecedor para o seu currículo profissional. "Tive a oportunidade de colocar em prática tudo o que estou aprendendo na graduação", garante D"Avilla, que será contemplado pela companhia com uma viagem com acompanhante para qualquer lugar do Brasil.  

A assistente de mídias sócias do setor de marketing da Ouro e Prata, Thamyres Winter, fez um balanço positivo da iniciativa, que contou com cinco projetos inscritos. "O projeto do Felipe é extremamente criativo, tanto na busca de referências como no produto final. Era exatamente o que procurávamos e com certeza faremos de tudo para viabilizar a fabricação das fragrâncias", destaca a jovem, uma das avaliadoras e representante oficial da empresa. "Encontramos o cheiro da Ouro e Prata", celebrou a produtora de conteúdo.

Para o coordenador do bacharelado, professor Joel Cardoso, o concurso não só foi um sucesso como aproximou ainda mais a Universidade do mercado de trabalho. "Hoje o profissional que sabe apenas reproduzir um processo está fadado ao fracasso, o mercado hoje busca pessoas que saibam criar e inovar e é isso que o que conseguimos fazer com essa iniciativa", comemorou o docente, que espera repetir a parceria no futuro. "Agora acho que vou para São Paulo, mas se no meio do caminho surgir uma nova ideia de aromatizante, deixo tudo anotado ",  brincou Felipe.

Marcus Perez
Jornalista MTb 17.602