Gestão de Museu
Docente da Ulbra apresenta dissertação de mestrado na Argentina
Congresso aconteceu no início do mês, em Mendoza
A docente do curso de Fotografia da Ulbra, Alice Bemvenuti, apresentou sua dissertação de mestrado no VI Congresso Internacional da História Ferroviária, realizado entre os dias 8 e 10 de novembro em Mendoza, na Argentina. Sob o título Gestão de Museu: comunicação e público, estudo sobre Museu do Trem, São Leopoldo, RS (2009-2012), o trabalho é fruto de uma pesquisa desenvolvida pela educadora como conclusão do mestrado em Museologia, realizado na Universidade de São Paulo.
Além da Argentina, o artigo será publicado também no IV Encontro de Patrimônio Industrial e suas Museologias, que acontece na cidade de Guimarães, em Portugal.
Conversamos com Alice Bemvenuti que nos contou um pouco sobre seu trabalho e a experiência de apresentar sua pesquisa internacionalmente. Confira:
Ulbra: Qual foi sua inspiração para a produção desse artigo?
Alice Bemvenuti: Minha inspiração está relacionada à importância dos museus em geral. Tenho estudado os museus industriais, em específico aqueles que abrigam o patrimônio ferroviário. Muitas pessoas se aproximam dos museus ferroviários por terem paixão pelo modal ou são colecionadores. No caso, minha aproximação é por perceber ali possibilidades de aprendizagem, de reconhecimento da nossa história.
Ulbra: O que te motivou a falar desse assunto?
Alice Bemvenuti: Eu tive a oportunidade de ser diretora do Museu do Trem de São Leopoldo no período entre 2009 e 2012. Na ocasião, me deparei com um universo desconhecido. Isso levou a me debruçar sobre o que eu não sabia. Fui atrás de ferroviários, de textos, de depoimentos, de tudo que poderia ajudar a compreender a história do museu e dos porquês de cada coisa na instituição. Quando saí do Museu do Trem, fui aprovada na seleção de Mestrado da USP, na área de Museologia (no caso, meu segundo mestrado). Minha pesquisa na USP se debruçou sobre a experiência como diretora no Museu do Trem. Revisei tudo que foi realizado e aprofundei os estudos sobre gestão. Isso me rendeu uma dissertação de 286 páginas, intitulada "Gestão de museu: comunicação e público - Estudo sobre o Museu do Trem, São Leopoldo, RS (2009-2012)". Inaugurei uma pesquisa que discutiu gestão de museu e também museus ferroviários, assuntos que ainda precisam de mais pesquisa. Em 2009 entrei no Museu do Trem cheia de dúvidas e desconhecimento sobre a ferrovia e os museus ferroviários. Hoje, 2017, sou uma estudiosa sobre a instituição museus ferroviários no Brasil. Os pesquisadores sobre o assunto ainda são muito poucos.
Ulbra: É a primeira vez que apresenta um trabalho fora do país?
Alice Bemvenuti: Sim, minha primeira experiência em um Congresso Internacional fora do Brasil. Foi exigente. Eram dois estados no VI Congresso Internacional de Memória Ferroviária: Rio Grande do Sul e São Paulo. Um total de 7 pesquisadores, se não me engano.
Ulbra: Qual a importância para você de levar seu trabalho para outros países?
Alice Bemvenuti: Penso ser de extrema importância por vários motivos, entre eles o fato de representar o Brasil e a pesquisa museológica, em especial Rio Grande do Sul, São Leopoldo, em outros lugares. Há ainda um abismo entre os países, pois pouco se sabe de um ou de outro. Neste caso, descobrir novos parceiros que possam estar interessados no mesmo assunto é de suma importância. De modo geral, os interesses se concentram na história da ferrovia, que, por sua vez, é de grande importância para o nosso país, assim como para a América Latina, eu diria até importante para quem implantou, seja aqui ou na Europa. Trens sempre irão nos oferecer uma locomoção segura, rápida, eficiente, com grau de poluição menor, etc. Ou seja, é importante para a vida do planeta discutir o modal ferroviário. E com certeza as opções de mudança que seduziram as pessoas para o modal rodoviário concentram interesses relacionados ao capital, assim como a sede que a humanidade tem diante da nova tecnologia (neste caso, me refiro à entrada do automóvel na vida das pessoas). O assunto é complexo.
Acesse a dissertação na íntegra, clicando aqui.
Mariana Viegas
Estudante de Jornalismo da Ulbra Canoas
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