Saúde
Medidas de segurança para cirurgias são tema de palestra na Ulbra
Ação foi promovida pelo curso de Medicina, no auditório do prédio 14
Acadêmicos, docentes e pesquisadores da Ulbra participaram, na tarde desta quarta-feira, 8 de novembro, do curso Cirurgia Segura e Segurança do Paciente. A atividade, promovida por alunos da disciplina de Procedimentos Médicos do curso de Medicina, foi realizada no auditório B do prédio 14 do campus Canoas.
Sob a orientação do professor-regente Antônio Carlos Weston, os estudantes promoveram um encontro com diversos profissionais de mercado que debateram sobre as principais técnicas e procedimentos de rotina necessárias para reduzir riscos de morte e complicações pré e pós-operatórias em pessoas submetidas a cirurgias. "É um tema muito atual, o poder público exige que os hospitais adotem uma série de medidas para garantir o bem-estar do paciente dentro do bloco cirúrgico. Dessa forma, discutir sobre segurança na academia é fundamental para que tenhamos profissionais cada vez mais conscientes dos cuidados que devemos ter para salvar vidas", enfatizou Weston.
Neurocirurgião do Hospital Cristo Redentor, de Porto Alegre, e professor da Universidade, André Cechini começou sua apresentação fazendo algumas comparações e o resultado não surpreendeu a plateia: de acordo com o educador, o risco de morte durante uma interação hospitalar é muito maior do que o de um acidente em uma viagem de carro ou de avião. "Há uma tecnologia muito grande envolvendo parâmetros de segurança em voos comerciais e a medicina também depende de infraestrutura para funcionar. Acredito que ninguém aqui entraria em um avião velho com problemas na fuselagem ou no motor, da mesma forma, o cirurgião deve desempenhar o seu trabalho dentro de uma série de condições mínimas", pontuou Cechini ao elencar as dez recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a realização de intervenções cirúrgicas.
Detalhes como as condições de higiene do local da operação, a adoção de métodos de prevenção de danos na administração de anestésicos, o preparo para o risco da perda da função respiratória ou de sangue são cuidados que a OMS sugere que toda a equipe médica deve ter antes de entrar em um bloco cirúrgico. Apesar de parecerem simples e evidentes aos olhos do senso comum, essas precauções têm o poder de salvar vidas, garantiu o palestrante. "Só em 1999, entre 44 e 98 mil pessoas faleceram nos EUA em decorrência de erros médicos. Muitos desses óbitos poderiam ter sido evitados mediante o uso de medidas de segurança", avaliou o neurocirurgião diante de uma plateia atenta, composta por quase 200 alunos.
Para a aluna do 4º semestre da graduação, Nathália Klaus Weber, inciativas como a promovida pelo curso são fundamentais para que os alunos de hoje tornem-se médicos seguros e preparados amanhã. "Atualmente, temos um índice de 25% de erros médicos em procedimentos cirúrgicos. São falhas de lateralidade, infecções pós-operatórias e até casos de óbito. Por isso que cursos como esse são indispensáveis para a nossa formação", salientou Nathália, que é responsável por um dos 30 banners sobre o assunto produzidos pelos universitários e exibidos na entrada do auditório que recebeu o evento.
Marcus Perez
Jornalista MTb 17.602
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