Pessoas interessadas em doar para a Orquestra podem fazê-lo a partir de setembro Foto: Luiz Munhoz/Ulbra

Morador do balneário de Torres, no litoral Norte do Rio Grande do Sul, o médico Márcio Fleck da Silveira sempre foi um apaixonado por música, em especial a erudita. Após acompanhar por mais de dez anos o trabalho da Orquestra de Câmara da Ulbra, em 2016 ele decidiu contribuir financeiramente com o conjunto de cordas, conforme garante, uma forma de fomentar o projeto Concertos Didáticos, iniciativa que promove espetáculos gratuitos em escolas de ensino fundamental e médio da rede pública gaúcha. "A arte tem a capacidade de transformar realidades e a música é uma linguagem universal, por isso é fundamental investirmos em ações que levam educação para crianças e adolescentes, ainda mais neste momento pelo qual passa o país. Acho que todos que podem, devem doar. A causa é boa", recomenda o radiologista natural de Porto Alegre.

Há quase 17 anos, a Orquestra da Instituição busca o apoio de contribuintes que queiram fazer doações dedutíveis do Imposto de Renda para os seus projetos musicais. Todo o processo acontece através da Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal, que, por meio de mecanismos jurídicos, permite ao cidadão aplicar parte do IR em ações culturais. Conforme o regente Tiago Flores, pessoas físicas que fazem a declaração pelo modelo completo podem deduzir 6% do imposto de renda devido, enquanto empresas que declaram pelo lucro real podem restituir 4% da quantia a pagar. "O procedimento é extremamente simples, nós vamos atrás daqueles que se sensibilizam com o nosso trabalho e passamos o número de uma conta bancária, aberta pelo Ministério da Cultura, em nome da Orquestra, para que possam ser feitos os depósitos. Daí, nós emitimos um recibo que permite o abatimento das contribuições", explica o maestro, que, desde 1996, está atrás das batutas do conjunto da Ulbra.

Neste ano, para que as doações sejam contabilizadas de forma legal, é preciso que elas sejam feitas entre o final de setembro e 29 de dezembro, último dia útil de 2017. Doadora assídua, a professora do curso de Enfermagem do campus Canoas, Mytio Araújo, gosta de contribuir porque, segundo garante, essa é uma maneira de ela escolher como quer que seja gasto o dinheiro dos seus impostos. "Muitas vezes é um recurso que fica para o Estado e eu acabo não conseguindo visualizar a contrapartida. Investindo na orquestra, tenho a possibilidade de destinar parte dos meus tributos para algo no qual acredito e confio", relata a docente que pretende manter seu hábito solidário.

Interessados em saber mais sobre o assunto podem entrar em contato com a Coordenação de Cultura da Direção de Assuntos Comunitários da Universidade pelo telefone (51) 3477.9166 ou pelo e-mail orquestra@ulbra.br. Essas e outras informações estão disponíveis para consulta na página www.ulbra.br/apoieaorquestra.

Marcus de Freitas Perez
Jornalista MTb 17.602