Medicina Veterinária
Leishmaniose:Alunos são orientados sobre controle e prevenção da doença
Palestra sobre o tema lotou auditório do Hospital Veterinário do campus
O curso de Medicina Veterinária da Ulbra Canoas promoveu, no início da tarde desta quarta-feira, 24 de maio, um debate aberto ao público sobre os riscos de contágio, tratamento e métodos de prevenção da Leishmaniose. A atividade, realizada no auditório do Hospital Veterinário da Universidade contou com a participação da Dra. Camila Jaques, representante do Conselho Regional de Medicina Veterinária do estado do Rio Grande do Sul, e da acadêmica da graduação e estagiária da Coordenadora Geral de Vigilância Sanitária de Porto Alegre, Sabrina Knorr.
Desenvolvida em meio a confirmação do terceiro caso de óbito decorrente da doença, registrado no último dia 16, na região central da Capital gaúcha, a ação foi prestigiada por mais de 70 estudantes do curso. Segundo o professor da disciplina de Ética e Bem-Estar Animal e mediador do encontro, Renato Pulz, a inciativa teve como objetivo principal informar alunos do bacharelado, uma vez que serão eles os profissionais que terão de lidar com potencial surto no futuro. "Esse diálogo é vital, vocês precisam estar preparados para lidar com uma possível epidemia de Leishmaniose", alertou o docente na ocasião.
Transmitida pelo mosquito-palha, que ao picar um cão contaminado pode transmitir a doença até o homem, a Leishmaniose não tem cura e possui manifestação cutânea ou visceral. Entre os sintomas mais comuns em seres humanos estão febre, perda de peso, anemia, hepato e esplenomegalia. Sem tratamento, pode levar à morte tanto da pessoa quanto dos animais. Conforme Camila, caso algum cachorro apresente lesões dermatológicas e sinais sistêmicos, é necessário encaminhá-lo para a realização de exames clínicos e laboratoriais. "Ele deve ser submetido a um teste rápido, após a confirmação, o resultado deverá ser ratificado por meio de análise laboratorial sorológica. Se o diagnóstico for positivo, a Secretaria Municipal de Saúde recomenda a eutanásia ou tratamento com o medicamento Milteforan, enfatiza a gestora.
Jaques salienta que, mesmo com o uso do medicamento, o cão pode continuar sendo um portador do protozoário causador da doença. Para ela, a adoção de uma série de medidas preventivas se faz necessária para a erradicação e controle das infecções. " O encoleiramento dos cães sob suspeita de contágio; o descarte correto de material orgânico em decomposição, ambiente propício à proliferação do mosquito transmissor; a preservação ambiental e a vacinação de cães comprovadamente negativos para o protozoário, são ainda métodos eficazes para se combater a Leishmaniose.
Identificada pela primeira vez no estado em 2008, a úlcera de Bauru, como também é chamada a variante visceral da doença, ainda pode ser contraída por meio de transfusões de sangue.
Marcus de Freitas Perez
Jornalista MTb 17.602
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