Extensão
Projeto já atendeu 310 produtores de queijo colonial no estado
Laudos auxiliam produtores no controle de qualidade
A Ulbra encerrou nesta semana as análises de 14 amostras de queijos coloniais das regiões da Campanha e Fronteira Oeste. No ano passado, desde que iniciou o projeto comunitário Construção Colaborativa de Saberes na Produção de Queijo Colonial, em parceria com a Emater e a Secretaria Estadual da Agricultura, os cursos de Medicina Veterinária e Química da Ulbra atenderam, através da equipe que trabalha no projeto de extensão, 310 pequenos produtores do estado. Através de análises físico-químicas e microbiológicas do produto final, os pesquisadores e acadêmicos avaliam os resultados e repassam sugestões para os produtores, de forma a intensificar o controle de qualidade do queijo oriundo de diversas regiões do Rio Grande do Sul.
Somente no ano passado, participaram do trabalho 116 produtores. No início deste mês, foram apresentados aos técnicos da EMATER e aos produtores da região de Ipê e Veranópolis os resultados das análises dos produtos em eventos que envolveram 55 pequenos produtores rurais.
"Com o resultado dos laudos, auxiliamos os técnicos da EMATER a desenvolver com cada produtor ajustes na organização da produção do queijo colonial. O mais importante é que trabalhamos pela preservação das tradições, da cultura dessa produção. Não pretendemos interferir nas características do sabor, mas agregar qualidade e aumentar a competitividade do produto no mercado", explica a professora Cristina Grecelle, que coordena as análises realizadas no Laboratório de Microbiologia do Ar e Alimentos do Hospital Veterinário da Ulbra.
Para a professora Fernanda Guedes, coordenadora do projeto junto ao curso de Química, o resgate histórico e a preservação dos métodos tradicionais dos produtores é um ponto importante do projeto. "Não existe um padrão para os sabores do queijo colonial, que tem ampla variedade de processos, por isso ele é um produto interessante. Podemos contribuir em melhorar características físico-químicas para aumentar o mercado do produto", explicou.
"É um trabalho de extensão universitária que influencia na economia das regiões e na qualidade de vida das famílias que produzem queijo, no momento em que agregamos valor a este produto", destacou o coordenador do curso de Química, Joel Cardoso. O sentido da extensão universitária foi enfatizado pelo coordenador. "O desafio da academia é não apenas aplicar o conhecimento, mas entregar o resultado às comunidades. O significado de um trabalho como este é que a Universidade está cumprindo o seu papel social", finalizou.
Trabalho foi premiado
A pesquisa realizada pelo curso de Química sobre Caracterização Físico-química do Queijo Colonial na Mesorregião Metropolitana de Porto Alegre ganhou o primeiro prêmio no Segundo Simpósio de Derivados Lácteos, realizado nos dias 6 e 7 de abril, no campus da Sociedade Educacional Três de Maio (SETREM), em Três de Maio. O trabalho foi apresentado pela acadêmica Nairara Souza dos Santos Argenta, sob orientação de Fernanda Guedes e Joel Cardoso, e a participação de seis acadêmicos do curso.
Caren Moraes
Jornalista - Mtb 11.772
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