Dia Internacional do Museu
ULBRA discute acessibilidade em ambientes culturais
Museu de Ciências Naturais tem projeto de inclusão
A ULBRA Canoas realiza no dia 16.05, a partir das 19h30, a palestra Acessibilidade em Ambientes Culturais. O assunto foi tema do trabalho de conclusão de Márcia Beatriz dos Santos, egressa do curso de especialização em História, Patrimônio Cultural e Identidades. Márcia é deficiente visual e trabalha no Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo. A palestra também marca as comemorações do Dia Internacional dos Museus, que acontece em 18.05. O encontro acontece no auditório 217 do prédio 1.
O evento é uma realização do Programa Permanente de Acessibilidade (PPA), em parceria com os cursos de Ciências Biológicas, Arquitetura e Urbanismo, a Pró-reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários e o Museu de Ciências Naturais da ULBRA Canoas. O objetivo é promover a discussão sobre a acessibilidade em museus, partindo da análise de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em relação à pessoa com deficiência e da legislação vigente.
Museu de Ciências Naturais
No campus da ULBRA Canoas, o Museu de Ciências Naturais passa por um processo de implantação de técnicas que o tornarão mais acessível a pessoas surdas e cegas. De acordo com o coordenador do curso de Ciências Biológicas, Marcos Machado, além da tradução dos textos descritivos para Braile e LIBRAS, também haverá uma instrumentação sensorial que possibilitará que as pessoas toquem nos materiais disponíveis no Museu. As modificações devem ser finalizadas ainda em agosto deste ano.
O professor destaca que os museus são casas de educação científica e, portanto, devem procurar se adequar de forma que possam promover a inclusão e a interação dos diferentes públicos. “Hoje em dia não se fala em cidadania sem a educação para o conhecimento científico. Se a pessoa não possui um mínimo grau de conhecimento acaba ficando à margem de muitas das discussões que a sociedade propõe”, destaca.
Machado argumenta ainda que aprender a conviver e a lidar com as diferenças faz parte do processo educacional e enriquece o crescimento pessoal e das comunidades. Para ele, o grau de democracia pode ser medido através dos programas de inclusão que a sociedade implementa.
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