Atividade alusiva ao Dia da Consciência Negra foi realizada nesta terça-feira, no prédio 55 do campus Foto: Luiz Munhoz/Ulbra

Estudantes do curso de Dança ministraram, na tarde desta terça-feira, 22 de setembro, uma aula aberta de ritmos africanos para os integrantes do Programa Ulbra na Terceira Idade (Ulbrati).  Desenvolvida no saguão do prédio 55 do campus Canoas, a atividade é parte da programação prevista para o Mês da Identidade Afro-Brasileira e Indígena, iniciativa alusiva ao Dia da Consciência Negra, que integra a comunidade acadêmica de todas as Unidades da Ulbra no RS em torno do legado cultural dos povos originários de nosso país.

Ao som de batidas do folclore africano, os alunos Thiago Cunha dos Santos e Carmem Lúcia Preto reuniram um grupo de 16 idosos em um semicírculo, onde desenvolveram uma série de exercícios de aquecimento, trabalhando as articulações, membros superiores e inferiores dos participantes.  Vestido com um turbante negro e carregando no pescoço diversos colares coloridos, Santos foi enfático ao ressaltar o caráter étnico da performance. "Estamos aqui para lembrar a luta dos escravos do Brasil por igualdade, mas também para ensinar um pouco sobre os ritmos afro, que resgatam a espiritualidade e a energia do homem negro", explicou o dançarino, antes do início das coreografias, copiadas com cuidado pela turma de homens e mulheres, todos com mais de 60 anos de idade.

Para Carmem, que desde 2014 usa a dança como ferramenta terapêutica para a inclusão social de turmas do Ulbrati, a ação de extensão é fundamental para proporcionar aos idosos uma vivência diferenciada. "É importante trazer temáticas como essa para a rotina deles, até mesmo como forma de conscientizá-los da riqueza histórica dessas tradições culturais étnicas", avaliou a universitária.

Promovidas pela Diretoria de Assuntos Comunitários da Instituição, as atividades do Mês da Identidade Afro-Brasileira e Indígena seguem, até o final de novembro, em nove campi presenciais e sete polos de Educação a Distância da Ulbra. A programação completa de cada Unidade pode ser consultada em  www.ulbra.br/afro-brasileira-e-indigena.           

Marcus de Freitas Perez
Jornalista MTb 17.602