Pesquisa
Estudo da Ulbra sobre queijo colonial gaúcho é destaque em Montevidéu
Projeto foi apresentado durante congresso Uruguaio de Química Analítica
Os resultados parciais do projeto de extensão Construc?a?o Colaborativa de Saberes na Produc?a?o de Queijo Colonial foram apresentados para a comunidade acadêmica internacional na última terça-feira, 27 de setembro, durante o 4º Congresso Uruguaio de Química Analítica, realizado pela Universidad de La República, em Montevideo.
Fruto do trabalho de quatro pesquisadores e 13 alunos dos cursos de Química e Medicina Veterinária da Ulbra, a iniciativa objetiva avaliar as condições higiênico-sanitárias adotadas por pequenos produtores rurais de Teutônia (RS) durante a fabricação do alimento. Após mais de seis meses de saídas a campo, análises físico-químicas, microbiológicas e testes laboratoriais, o estudo conseguiu identificar algumas características-chave dos laticínios encontrados na região central do Rio Grande do Sul, conforme explica a coordenadora do projeto, docente de Química Industrial do campus Canoas, professora Fernanda Fabero. "O nosso queijo colonial possui um teor de gordura baixo e também alta umidade, o que por ventura pode ocasionar a contaminação do produto. Entretanto, não podemos afirmar que isso seja resultado de condições sanitárias precárias, uma vez que não existe uma uniformidade na composição físico-química das amostras que avaliamos", aponta a educadora, enfatizando a importância dos dados coletados para a qualificação dos processos adotados pelos fabricantes locais.
Segundo Fernanda, a participação no congresso foi importante para proporcionar ainda mais visibilidade para a pesquisa, que hoje conta com o apoio do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, através da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro). "A receptividade da apresentação foi excelente, conseguimos trocar experiências com acadêmicos de diversas instituições de ensino superior e também ampliamos nosso contato com associações do ramo alimentício, como a Conaprole, que mostrou-se interessada em conhecer mais sobre o nosso trabalho", comemorou a conferencista que, ao ser abordada pela analista físico-química da companhia, Laura Draz, cogitou a possibilidade de levar sua equipe para conhecer a infraestrutura das fábricas e os métodos de controle de qualidade utilizados pela Cooperativa Nacional de Produtores de Leite do Uruguai.
Marcus de Freitas Perez
Jornalista MTb 17.602
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