EAD
Paulo Moura concede entrevista para site Europeu
Coordenador analisa oportunidades de investimentos no Brasil
Confira a entrevista do coordenador do curso de Ciências Sociais da ULBRA, Paulo Moura, concedida ao site europeu Timizzer, através do jornalista Leonardo Gottems. Nela, o professor analisa o momento vivido pela economia brasileira, apresentando uma visão crítica das oportunidades de inverstimentos no Brasil.
Confira diretamente no site Timizzer clicando aqui (www.timizzer.com/business/economy/a-critical-view-of-brazils-investment-opportunities-interview-with-paulo-moura/)
Obs.: Nesta entrevista o professor Paulo Moura apresenta sua posição como pesquisador e analista da realidade política nacional.
A versão em português também está disponível logo abaixo:
Uma visão crítica das oportunidades de investimento no Brasil: Entrevista com Paulo Moura
Hoje, o Brasil é um dos mercados emergentes mais atraentes. Apesar dos típicos investimentos de aproximação estratégica para criar condições favoráveis, existem alguns inconvenientes na política e no ambiente que podem afetar as decisões de investidores.
O professor Paulo Moura, um cientista político, analisa criticamente o atual clima de investimentos no Brasil. Moura é um intelectual que frequentemente tem aparecido publicamente em rádios e jornais gerando polêmica. Sua visão crítica do atual governo pode esclarecer muito aos investidores mais ingênuos. Professor de Ciência Política na Ulbra, Moura também é doutor em Comunicação Social pela PUC-RS. Em uma entrevista exclusiva ao Timizzer, ele alerta para o nível de corrupção no Brasil, e diz que não acredita que o país fará uma reforma tributária mais ampla. Moura ainda crê que as recentes mudanças (tributárias) somente beneficiam grupos de interesse especiais. No entanto, aponta que mais concessões devem acontecer no mandato da presidente Dilma Roussef.
Timizzer - Você acredita que com as eleições deste ano, a Copa de 2014 (junto a eleição presidencial), e as Olimpíadas de 2016 no Rio haverá um investimento extraordinário em infraestrutura no país? Ou você crê que a ainda não atenderá a demanda?
Paulo Moura - Os investimentos já estão ocorrendo, mas, é possível que muitas obras não fiquem prontas nos prazos previstos.
Timizzer - Todos os dias vemos investimentos estrangeiros recordes no Brasil, apesar de recorrentes notícias sobre corrupção no país. Acredita que algum dia a credibilidade cairá por água abaixo ou os investidores estrangeiros não estão preocupados com isso?
Paulo Moura - O mundo está em crise e, pelo menos até esse momento, o Brasil está entre os lugares onde se pode investir com retorno, mesmo havendo corrupção. Melhor lucrar em país com corrupção do que não lucrar. Mas, há que se observar que os constrangimentos políticos e legais à corrupção estão crescendo também.
Timizzer - Dentro desse aspecto, há vários tipos de desinformações dos investidores internacionais. Muitos analistas estrangeiros inclusive afirmam que o governo do PT é “pró-mercado”. No entanto, os empreendedores no Brasil ralam para pagar os impostos em dia e lidar com a crescente burocracia, bem como a falta de infraestrutura do país. Como vê essa contradição?
Paulo Moura - O PT é um partido social-democrata. Há muito o PT deixou de ser um partido anti-sistema e se tornou o principal partido do sistema. Mas, é um partido que cultiva a intervenção do estado na economia e que acredita que o estado é melhor distribuidor de riqueza do que o mercado. Isso, especialmente quando o PT é governo e escolhe para quem vai distribuir a riqueza que o estado toma da sociedade. Mas, vale aqui a mesma lógica da resposta 2. Melhor lucrar num país que tributa forte, do que não lucrar.
Timizzer - O governo brasileiro tem acenado com vários cortes de impostos em setores específicos. Essa tendência deve continuar? Deve acontecer uma reforma tributária mais ampla?
Paulo Moura - Não vejo perspectiva de reforma tributária. Os Agentes Fiscais do Tesouro descobriram a galinha dos ovos de ouro. Esse setor é o único eficiente no estado brasileiro. A arrecadação bate recordes mesmo quando o PIB decresce ou desacelera. Quem é o detentor da chave do cofre que iria querer mudar isso? Os cortes seletivos de impostos para os amigos do rei, também se explicam pelo financiamento eleitoral que esses grupos econômicos beneficiados patrocinam. Só quem perde com isso é o cidadão pagador de impostos e sem poder de lobby sobre o governo. Mas, esse cidadão não percebe a mágica embutida no manicômio tributário brasileiro.
Timizzer - A privatização dos aeroporto no governo do PT apareceram como surpresa. Você acha que acontecerão outras privatizações no governo Dilma? Quais as privatizações que você vê como mais urgentes para a competitividade do Brasil?
Paulo Moura - Não vejo como surpresa. O PT já privatizou antes, mas estava contido por seu discurso contra o PSDB. Agora, com a alta popularidade de Dilma, resolveu assumir. Afinal, "corrupção só acontece nas privatizações dos outros", não é mesmo? "As do PT são diferentes", diz o PT. O PT não venderá estatais, para preservar a falácia de que "concessão não é privatização", mas deverá conceder estradas, portos, aeroportos e fazer PPPs em setores da infraestrutura, pois sabe que o Estado é ineficiente para executar essas tarefas. Além disso, os grandes financiadores de campanhas mantêm o olho gordo e o lobby forte nesses negócios.
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