Jornalismo
Eles conhecem os caminhos do gol
Acadêmicos de jornalismo atuam no rádio esportivo
Entrevistar jogadores, atuar à beira do gramado em partidas, conviver diariamente em estádios de futebol. Essas e outras rotinas fazem parte do trabalho de dois acadêmicos do curso de Jornalismo da ULBRA: Leandro Schabbach e Geison Lisboa.
Os discentes desempenham, no segmento esportivo, a função de repórter e produtor nas rádios em que atuam. Schabbach está na Gaúcha e Geison, na Bandeirantes. Colegas de longa data na Universidade, ambos percorreram caminhos parecidos para ingressar na área. Eles se destacaram em um curso específico de jornalismo esportivo e tiveram, posteriormente, a possibilidade de estagiar no departamento de esportes da rádio Bandeirantes.
Para Leandro Schabbach, o princípio diante dos microfones deu-se em uma rádio comunitária na Lomba do Pinheiro, após realizar o curso de radialista da Feplam. Depois, ele foi estagiar na Band e em seis meses já estava contratado, permanecendo por lá durante quatro anos e meio. Pouco tempo depois de sair da emissora foi para a rádio Gaúcha, onde está há pouco mais de um ano.
Geison acha que em qualquer atividade o começo nunca é fácil. “Minha primeira experiência em um estúdio de rádio foi na ULBRA, onde tive a oportunidade de produzir, fazer reportagens, e coberturas esportivas e de vestibular. Agradeço muito aos professores Deivison Campos e Sérgio Lima, que me ensinaram a dar os primeiros passos. Quando cheguei na Bandeirantes já tinha alguma vivência na área”, destacou Geison. A teoria aprendida em sala de aula dá uma sustentação grande para o trabalho diário. “Quem deseja atuar em jornalismo precisa buscar a formação acadêmica”, complementou Schabbach.
De acordo com o coordenador do curso de jornalismo da Universidade, Deivison Campos, as últimas gerações têm procurado bastante o segmento esportivo na comunicação social. “As oportunidades de estágios oferecidas dentro da própria ULBRA têm se mostrado um bom caminho para o início profissional. Aqui o aluno consegue praticar os conteúdos adquiridos em sala de aula, facilitando, assim, seu desempenho no momento de ingressar em um veículo de comunicação. O conhecimento prático adquirido contribui para que o discente conquiste cedo uma colocação em um mercado muito competitivo”, destacou Deivison.
Na emissora radiofônica, os discentes passaram por todas as funções que compõem o segmento esportivo. Há cinco anos, no mesmo prefixo em que iniciou a carreira, Geison sabe que o mundo do jornalismo não vive só de glamour. “Para permanecer nessa área é necessário gostar muito do que se faz, pois a exigência e as cobranças são grandes, além de o tempo livre ser escasso. Vivemos de fatos, de notícias”, afirmou o aluno de jornalismo da Universidade. A opinião do colega é corroborada por Schabbach. “Muitas pessoas têm a ideia distorcida de que nós vivemos em badalação, frequentando os melhores lugares, mas na realidade diária existe muito trabalho nos bastidores. Em várias ocasiões é preciso abdicar da convivência com a família, com a namorada, pois nessa área é preciso sempre estar em função do trabalho”, complementou o repórter da Gaúcha.
Entretanto, existem as compensações. Em 2011, Geison fez a cobertura esportiva que mais destaca. Ele foi até Córdoba acompanhar o duelo entre Brasil e Argentina. “Na rádio, a responsabilidade desse evento foi colocada sobre mim. Eu enfrentei pela primeira vez a dificuldade de trabalhar fora do país e realizei uma boa cobertura. Recebi elogios, o que me deixou feliz e realizado. De lambuja ainda pude presenciar a bicicleta que o atacante Damião aplicou em um argentino. Espero realizar outros trabalhos semelhantes”, concluiu sorrindo. Geison acredita na força do rádio, porque ele possui maior capacidade de informar instantaneamente, na comparação com outros veículos de comunicação.
Outro aspecto importante, agora destacado por Schabbach, diz respeito à dinamicidade do ofício. “Nossa atividade é muito dinâmica, pois estamos sempre diante de uma situação nova. Temos também a possibilidade de conhecer novos lugares, novas culturas. Fiz a cobertura de um jogo do Inter contra o Fluminense em que o estádio do Maracanã tinha mais de 60 mil pessoas. Ver a torcida cantar e o estádio tremer foi uma sensação indescritível”, complementou o discente.
Como ambos ainda são jovens, existe um grande caminho a ser percorrido por eles. Schabbach sabe que o mercado do jornalismo esportivo é bastante concorrido, mas não se assusta e confia em seu trabalho. “Procuro me aperfeiçoar, busco qualificar-me diariamente para determinar meu futuro”, concluiu. Geison vê com bons olhos a participação do rádio na cobertura dos próximos dois grandes eventos mundiais que ocorrerão no Brasil: a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. O acadêmico pretende seguir fazendo aquilo que gosta e deixa um conselho para quem deseja começar na atividade: “escutem muito rádio, não apenas uma emissora, mas várias, de diversos estilos”, enfatizou Geison.
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