Ciências Biológicas
Aula das Ciências Biológicas discute civilização e ambiente
Vivemos em megacidades e não temos estrutura suficiente
![](https://www.ulbra.br/upload/b13265f95dcf651c4013d136e8404106.jpg)
O pesquisador do Departamento de Paleontologia e Estratigrafia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), professor doutor Rualdo Menegat, foi o palestrante da aula magna do curso de Ciências Biológicas da ULBRA Canoas que aconteceu na noite de quinta-feira, 22.03. Com o tema Nosso Lugar em Gaia: perspectivas da vida e da civilização, Menegat falou sobre a relação da civilização com o meio ambiente contando a história da vida na Terra.
O professor iniciou sua fala explicando sobre a origem da vida nos planetas e o que é a fresta de Gaia (faixa que abrange os planetas Vênus, Terra e Marte), onde há água e vida, sendo que em nosso planeta foi formado um ambiente que possibilita o florescimento e desenvolvimento contínuo de diversas espécies, por possuir uma superfície e paisagem diversificada. Neste ponto, Menegat propõe uma reflexão sobre o que é a evolução da Terra e o que é a vida.
“A Terra é um planeta antigo e a vida humana é um acidente recente da evolução desse planeta. E a história dessa vida é de idas e vindas”, argumenta o professor, lembrando as ocorrências de grandes cataclismas que geraram a extinção de algumas espécies e a modificação do ambiente com o desenvolvimento de outras vidas.
Segundo Menegat, o surgimento do sentido de preservação e convivência em grupo entre os humanos foi um início ao processo de intervenção na natureza. As constantes movimentações da espécie exigiam a necessidade de adaptação aos diferentes ecossistemas, criando uma relação cultural com a paisagem em que o grupo habitava. “Daí que começa a surgir a ideia das cidades”, destaca.
Na interpretação do palestrante, as cidades acabaram domesticando a natureza, que passou a incomodar, e os humanos passaram a eliminá-la de dentro do seu mundo. “O fenômeno urbano já é um trama que tapa os continentes. Hoje em dia, vivemos em megacidades e não temos uma cultura adaptativa para dar conta dessa estrutura”, alerta Menegat, que lembra também as intervenções negativas como as plataformas para exploração de petróleo e os desmatamentos, entre tantas outras.
“Perdemos nossa capacidade de ligação com a nossa cidade, com a paisagem, e isso resulta em desconforto ambiental e até psicológico. Temos que projetar cidades mais funcionais, que diminuam as cargas prejudiciais ao planeta”, ressalta Menegat.
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