Abordando a questão da diversidade social, cultural e individual, o Instituto de Pesquisa em Acessibilidade, IPESA da Universidade Luterana do Brasil, juntamente com o Programa “Cantando as Diferenças” e o curso de História da ULBRA, celebraram ontem à noite o 20.11, dia da Consciência Negra. O evento teve como tema “A Reflexão 99 anos da Revolta Chibata” com a temática de João Cândido, realizado às 19h30 no auditório do prédio 1 da ULBRA Canoas.

Na abertura do evento, o IPESA, os participantes e os convidados prestaram uma homenagem ao José Alves Bitencourt, O Lua, militante nativista, personagem ícone do movimento negro no RS. Estavam presentes o representante do Senador Paulo Paim, Thiago Tobias, a coordenadora do curso de História, Kátia Pozzer, a representante do Instituto de Pesquisa em Acessibilidade, Carmem Lúcia Silva de Oliveira , o sociólogo representando a parceria com o Programa Cantando as Diferenças, Ottmar Teske e o Pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários, Ricardo Willy Rieth. O Pró-reitor ressalta que o grande desafio da Universidade é buscar através do ensino a compreensão e o respeito necessários pela diversidade. “João Cândido é um personagem tema que pode levar aos acadêmicos este estudo sobre as diferenças”, complementa Rieth.

No segundo momento, o professor do curso de História, Roberto Santos, ministrou a palestra: A Reflexão 99 anos da Revolta Chibata. Debateu com os acadêmicos sobre a vida e ações de João Cândido em sua trajetória, oportunizando um momento de interação e reflexão sobre a consciência negra. “A importância desta atividade é exatamente para os alunos refletirem sobre o assunto e formarem uma opinião a respeito das diferenças raciais”, explica o professor.

Os alunos presentes ainda tiveram a oportunidade de assistir a palestra da professora Maria Luci Corrêa Ferreira, autora do livro Tributo a João Cândido, o Rei do Farol da Liberdade. A autora compartilhou seus conhecimentos e pesquisas realizadas para desvendar os fatos que envolveram a vida deste guerreiro da causa negra. “Me interessei pela história de João Cândido, pois ao lado da minha casa era a casa onde viveu sua irmã Caetana, e eu sempre ouvia histórias dele”, relembra a professora.

O IPESA e o Programa Cantando as Diferenças buscam implantar uma política institucional referente às diferenças sociais, culturais e individuais, destacando-se a acessibilidade aos acadêmicos com deficiência, afro-brasileiros e indígenas. Esta atividade em comemoração ao 20.11, dia da Consciência Negra, contribuiu para todos cantarem as diferenças culturais.