As ações da Ulbra na área da acessibilidade remontam ao ano de 1995, quando foi criado o Instituto de Pesquisa em Acessibilidade (Ipesa), que possibilitou o ingresso de três alunos surdos nos cursos de Educação Física, Geografia e Informática, no campus Canoas, através da atuação de intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras) que acompanharam os candidatos já no concurso vestibular. A estruturação do Ipesa sofreu significativa influência do então denominado Centro Educacional para Deficientes Auditivos (Ceda), escola localizada em Porto Alegre e especializada na educação de surdos que, em 1996, foi integrada à Rede de Educação Básica vinculada à mantenedora da Ulbra, passando a se chamar Colégio Ulbra Especial Concórdia.
A incorporação desta escola - pioneira no Brasil, dentre as instituições especiais privadas - na oferta do ensino fundamental e médio à Rede Ulbra foi uma demonstração da sensibilidade de sua mantenedora com a causa das pessoas surdas ou com deficiência auditiva, assim como da preocupação em inseri-las adequadamente na sociedade, a fim de que pudessem desempenhar sua plena cidadania. Diversas foram as atividades desenvolvidas pelo Ipesa, a partir de então, estabelecendo parcerias, incentivando ações de extensão e pesquisa, prestando suporte ao ensino, às áreas de recursos humanos e engenharia, dentre outras, estabelecendo uma trajetória que resultou em sua expansão.
Assim, em 2011, dado o processo de reestruturação da Universidade, o Ipesa passou a se chamar Programa Permanente de Acessibilidade (PPA). No ano seguinte, o PPA assumiu um caráter amplificado, na medida em que, com a reconfiguração corporativa, não mais atenderia somente o campus Canoas, mas passaria a dedicar-se aos demais campi, buscando o alinhamento institucional necessário para o trato das causas relativas à acessibilidade.
Em 2019, com uma nova reformulação de nomenclatura, o PPA tornou-se Núcleo de Acessibilidade. A Universidade tem convicção de que há um longo caminho a ser percorrido, avançando no aprimoramento das ações, processos e qualificação, auxiliando a pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida na busca pela autonomia, exercendo seus direitos de cidadania e de participação social.