Representante brasileira
Ulbra participará de fórum estudantil de observatório da Unesco
Docente e estudante da Universidade contarão experiência extensionista
Em mais uma demonstração de seu protagonismo nos debates do Observatório de Responsabilidade Social da América Latina e Caribe (ORSALC), a Ulbra foi convidada para representar as universidades brasileiras no fórum juvenil organizado pelo programa ligado à Unesco, que ocorre nesta terça-feira, dia 7. O evento será realizado remotamente, por meio da plataforma Zoom, e pretende fomentar o diálogo em torno dos desafios educacionais durante a crise sanitária ocasionada pelo novo Coronavírus, bem como estratégias de atuação pós-pandemia.
De acordo com o coordenador do observatório, Dr. Humberto Grimaldo, "a nova realidade tem permitido visualizar e mensurar o desempenho dos atores sociais frente aos desafios globais". Ele considera que a situação de emergência também trouxe a oportunidade de um aprendizado transformador, com desafios que são impostos não só aos governos, mas às pessoas, suas comunidades, e toda a sociedade. Para Grimaldo, essas mudanças sociais se afirmam como uma tendência das últimas duas décadas, tanto na América Latina como no restante do mundo.
Ao justificar o convite realizado à Ulbra, o dirigente do ORSALC foi enfático ao dizer que a Instituição tem dado muitas contribuições aos debates propostos pelo observatório. "Em maio, por exemplo, a Ulbra deu um valiosíssimo apoio ao fórum de reitores, em plena quarentena. Foram trazidas soluções muito pertinentes, com realidades territoriais, devido ao trabalho de curricularização da extensão", elogiou.
A professora Simone Imperatore, gerente de Educação Continuada e Inovação da Aelbra, representa a Ulbra no observatório e tem participado ativamente dos últimos eventos realizados. Para ela, o convite reforça a posição de destaque da Universidade, que vem consolidando a curricularização da extensão e tem forte atuação dentro do ORSALC. "Nós apresentamos todo o trabalho que vem sendo construído, no que se refere à ressignificação da extensão, o trabalho de curricularização, a reestruturação curricular, e que foca em atividades em campo, onde nossos alunos aprendem na e pela extensão, em contextos reais", explicou.
Oportunidade de contar as experiências extensionistas
Com a confirmação da participação da professora Mônica Rosa Zeni e da estudante Élen Meyrer, do curso de Fisioterapia da Ulbra Santa Maria, a Universidade dá um passo importante na disseminação dos efeitos positivos da curricularização da extensão. "É uma oportunidade única para a Ulbra mostrar a relevância de todo o seu trabalho, que vem se consolidando, e, agora, sob a voz de professora e aluna", avaliou Simone.
Lecionando na Ulbra desde 2008, a professora Mônica Rosa Zeni tem uma carreira marcada pela extensão. "Eu sempre trabalhei na área de saúde coletiva e, consequentemente, sempre estive desenvolvendo trabalhos com alunos na rede de saúde. Eu entrei na Ulbra para assumir as disciplinas que eram relacionadas à fisioterapia comunitária, que é onde eu estou até hoje. A extensão sempre foi uma marca dessas disciplinas", relembrou.
Para a docente, o trabalho de curricularização da extensão, iniciado em 2010, veio para melhorar as atividades que já vinham dando bons resultados. "Veio quase como um presente para aquilo que eu já vinha fazendo, pois me deu a liberdade de sistematizar isso, para além daquelas disciplinas que eu já trabalhava. Então, desde que a curricularização começou, eu já trabalhei com as disciplinas de Políticas Públicas de Saúde, Práticas Multidisciplinares de Saúde, Saúde do Trabalhador e, nesse momento, estou trabalhando com a Fisioterapia em Gerontologia".
Escolhida por Simone para representar a Ulbra no evento, a professora agradeceu a oportunidade. "Fico feliz por poder relatar essa experiência e também por poder escolher uma aluna, que teve um desempenho muito bom e desenvolveu uma afinidade com essa metodologia. A nossa ideia é mostrar o panorama de quais disciplinas que essa aluna frequentou e ela, provavelmente, vai desenvolver uma abordagem sobre como foi para ela a disciplina de Fisioterapia na Saúde do Trabalhador", adiantou.
Novas perspectivas, por meio dos projetos de extensão
Cheia de expectativas pela primeira participação em um evento dessa magnitude, a acadêmica Élen Meyrer não esconde que atuar na área da saúde sempre foi um sonho e que, desde o início da graduação, buscava participar de projetos que a colocassem mais próxima da realidade da profissão. "Eu tinha muita proximidade com os professores e gostava da parte prática, então desde o 4º semestre passei a ser convidada para participar de estudos e projetos", contou a jovem de 22 anos, que iniciou seus estudos na Ulbra em 2016.
Élen conta que, por meio dos projetos de extensão, começou a ter um olhar mais humano sobre os diversos aspectos que envolvem a relação com as pessoas que são atendidas pelas iniciativas da Ulbra. "Do ponto de vista social, aprendi que podemos contribuir com as pessoas que necessitam, muitas vezes, apenas de uma simples conversa, que as orientações dadas às pessoas que temos contato podem mudar a trajetória de uma história. Como profissional, aprendi que o paciente é um ser como um todo, que devemos ter um olhar amplo, para além da patologia, e que com uma equipe multidisciplinar somos todos mais fortes".
Leonardo Magnus
Jornalista Mtb 19305/RS
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