Gente da Ulbra
Valter Kuchenbecker em A Voz da História da Abeu
Ex-diretor da Editora da Ulbra foi presidente da Abeu em dois biênios
O diretor da Ulbra TV, Valter Kuchenbecker, tem uma extensa contribuição em cargos docentes e de gestão na Universidade Luterana do Brasil. Dentre suas atividades, foi diretor da Editora da Ulbra, período no qual ocupou a presidência da Associação Brasileira de Editoras Universitárias (Abeu) por dois biênios (2005-2007 e 2007-2009). A Assessoria de Imprensa da entidade está produzindo uma série de entrevistas com antigos e atuais gestores da Associação, fazendo um resgate histórico que integra as comemorações do seu aniversário de 30 anos, que se completam em setembro de 2017.
Leia abaixo a entrevista publicada no portal da Abeu, na qual ele conta suas principais realizações frente à entidade e comenta sobre a experiência vivida na Editora da Ulbra; ou clique aqui para acompanhá-la diretamente no portal.
A Voz da Nossa História
Entrevista com Valter Kuchenbecker, ex-presidente da Abeu
Esta semana, na coluna A Voz da Nossa História, trazemos uma conversa com mais um profissional do livro que, atuando em nossa diretoria, ajudou a moldar a Abeu de hoje. Valter Kuchenbecker atuou como presidente da Associação nos biênios de 2005- 2007 e de 2007-2009, além de ter feito parte de outras diretorias anteriores. Com graduação em Teologia e licenciado em Letras, Kuchenbecker foi também diretor da Editora da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). Quando concluiu sua especialização em Administração e Planejamento para Docentes, seguiu como assessor de gestão da área de pós-graduação, pesquisador e membro do conselho editor dos periódicos da Instituição. Na entrevista, ele comenta sobre sua trajetória e conquistas na Abeu, revelando toda sua experiência e dedicação ao livro universitário. Confira toda a conversa abaixo.
1) O senhor esteve à frente da Abeu em duas gestões consecutivas, como presidente nos biênios de 2005-2007 e de 2007-2009. Quais você acredita que foram as principais conquistas das suas diretorias neste período, levando em conta o trabalho conjunto para a promoção do livro universitário e difusão da produção acadêmica por todo o Brasil?
Inicialmente, gostaria de agradecer a lembrança e o carinho da Abeu. Já se passaram 10 anos desde então. Bem, de fato foi uma experiência de múltiplos aprendizados. As conquistas que obtivemos foram construídas pelo coletivo. Tínhamos uma diretoria totalmente engajada, com o foco no livro. A luta pelo livro, em especial livro universitário, é diária, árdua e constante. Na minha visão, participei de um ciclo virtuoso da Abeu. A Associação foi se consolidando nestes anos. Efetivamos a compra de uma sede própria em São Paulo. Até então a Abeu tinha como sede a base ou universidade do presidente em exercício. Com isso, criamos uma identidade local, que permanece até hoje. Também avançamos com um site mais interativo e uma Secretaria Executiva a serviço dos associados. Foi criada e lançada a revista VERBO, que se tornou o canal de comunicação com o mercado, o público externo e um local próprio para a divulgação do conhecimento, cultura e agendas das editoras. Neste período, houve um esforço para ampliarmos o número de associados. Assim, tivemos uma participação muito forte nas bienais do livro do Rio de Janeiro e de São Paulo. A Abeu chegou a ocupar o maior estande de livros da bienal. Participamos em feiras internacionais, como Frankfurt (Alemanha), Guadalajara (México), Havana (Cuba), Maputo (Moçambique), Calli (Colômbia), etc. Tivemos várias ações conjuntas com órgãos do Governo Federal, como o MEC, MICT e Ministério da Cultura. Enfim, só tenho a agradecer a Abeu pela oportunidade, em especial a toda minha equipe diretiva, sem a qual nada seria possível. Destaco aqui, como homenagem póstuma, o colega Prof. Honório Nascimento, fiel mordomo das finanças da entidade.
2) Sua atuação na Associação, no entanto, já ocorria há algum tempo, desde que começou como suplente na gestão de José Castilho, em 1999. Além disso, fez parte da diretoria regional do Sul e atuou como vice-presidente na gestão de Flávia Rosa, em 2003-2005. Com a oportunidade de ter acompanhado a Abeu em vários momentos, quais você acha que foram as maiores evoluções pelas quais a Associação passou durante esse tempo?
De fato, minha participação na Abeu começou em 1999, pois assumi a Editora da Ulbra em 1997 e desde lá acreditava que o sucesso das editoras passava pelo trabalho coletivo e associativo. É por onde nossas publicações poderiam circular mais rapidamente por este mundo. Além das trocas de experiências e conhecimentos entre os pares, havia a questão humana das relações interpessoais. Como já me referi, participei deste ciclo virtuoso da Abeu, em minha opinião iniciado pelo colega Castilho. A partir desta gestão que a associação inicia um processo de profissionalização. Ela se fortaleceu, se consolidou, aumentou sua participação nacional e internacional. Ocupou os espaços do livro em todas as esferas, participando de eventos, simpósios, conselhos consultivos, como, por exemplo, a Comissão Nacional de Incentivo à Cultura. A Abeu, desde então, se tornou uma voz do livro que precisa ser ouvida. Sim, em resposta à pergunta, não há dúvidas, a participação em diretorias anteriores é muito positiva, pois te dá um background necessário para uma gestão continuada. Sempre tenho estimulado e motivado pessoas a participar deste coletivo.
3) Como sua experiência na Editora da Ulbra ajudou sua participação como parte integrante da Abeu?
Naturalmente as duas instituições cresceram e somaram com esta parceria. Como editor da Universidade, busquei promover na Ulbra o livro em todas as esferas da academia, com debates, feiras, eventos, simpósios. Participei da abertura de livrarias universitárias para distribuição do livro universitário (PIDL). Aqui no Rio Grande do Sul, a Editora da Ulbra também é filiada à Câmara Rio-grandense do livro e ao Clube dos Editores do RS, onde abrimos também um espaço para a Abeu comercializar livros de outras associadas. Ser editor de uma das maiores universidades do país nos deu uma dimensão muito grande das peculiaridades regionais, das culturas, tradições e conhecimentos gerados nestas localidades. Assim, a participação no Conselho Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC) por duas gestões também nos trouxe essa experiência feliz.
4) Por fim, o que você espera para a Abeu no futuro?
Para finalizar, desejo à Abeu vida longa e sucesso em todas as empreitadas do livro universitário. Todos os esforços para promoção do livro e da leitura são válidos. Naturalmente, é uma tarefa difícil, exige persistência, pois concorremos com uma infinidade de novas mídias e atrativos mais fugazes. Fica meu estímulo e desejo de sucesso a todos os colegas editores, escritores, e, especialmente, leitores, pois continuamos convictos do poder que os livros e a leitura possuem na formação cultural de pessoas e povos. Não há outra saída para o desenvolvimento de uma nação que não seja pela educação e pela leitura. Povo culto é povo leitor! Que o conjunto das editoras universitárias, filiadas à Abeu, continuem a cumprir este nobre papel de produzir e publicar o conhecimento gerado pela academia. O conhecimento que de fato nos liberta!
Eduardo Rosa
Assessoria de Imprensa da Abeu
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