Psicologia da Saúde
Psicologia promove ação alusiva ao Setembro Amarelo
Foco foi conscientização sobre saúde mental e prevenção ao suicídio
Na noite desta quinta-feira, 27, professores e estudantes do curso de Psicologia se reuniram durante o intervalo, no saguão do prédio 1, para mais uma ação do Setembro Amarelo. A atividade, que foi sugerida pelos alunos da disciplina de Psicologia da Saúde, visava informar e conscientizar sobre a saúde mental e a prevenção ao suicídio.
Comumente chamado de Setembro Amarelo, o período costuma mobilizar diversos cursos do campus em torno de um mesmo objetivo: prevenir os problemas causados pela depressão e outros transtornos psicológicos que possam forçar o indivíduo a atentar contra a própria vida. Só a depressão, segundo a OMS, será a doença que mais matará no mundo, nos próximos 20 anos. Isso gerou um grande movimento de profissionais da saúde que estão preocupados com a alta nos índices nacionais e internacionais.
A professora organizadora da atividade, Nádia Krybskaya Bisch, alertou para a importância de identificar e saber lidar com a situação. "Nós precisamos estar atentos às mudanças, às alterações que as pessoas apresentam. Temos que aprender a acolher os nossos sentimentos, entender que é normal ficar triste, mas não é legal o que eu faço de negativo em relação a essa tristeza. É preciso ter pessoas próximas, criar uma rede de convivência, ter comunicação."
"Não falar do suicídio não deu certo"
Por muito tempo, o suicídio e os problemas psicológicos que desencadeiam essa ação não foram pautas de debates e de atividades conscientizadoras. No entanto, essa realidade parece estar mudando com o crescimento dos esforços de especialistas e acadêmicos. A aluna de Psicologia, Nathália Rocha, foi otimista: "O assunto tem sido muito debatido, principalmente nas mídias sociais. É algo que não víamos antes, pois existia uma restrição maior. Cresceu bastante e tem um campo maior para ganhar", comemorou ela.
Sua colega, Natalia Lima, destacou a importância de trazer o assunto à comunidade acadêmica: "A turma abraçou a ideia. Nós entendemos a necessidade de mostrar para o próximo que ele tem com quem falar e desabafar. É preciso que o tema deixe de ser um tabu. Ninguém precisa ser forte o tempo todo, podemos demonstrar fraqueza".
Entenda os sinais e ofereça ajuda
Perguntada sobre os sintomas que podem identificar alguém que precisa de ajuda, a professora Nádia foi direta e destacou os principais sinais de alguém que não está com a saúde mental em bom estado:
- Alteração no humor
- Abatimento por semanas
- Falta de energia
- Falta de disposição
- Perda de interesse em atividades que realizava
A ajuda psicológica, nesses casos, é fundamental para atenuar os danos e recuperar a saúde mental do indivíduo. Tudo isso, ao se acumular por semanas, pode acarretar numa perda de esperança e sofrimento excessivo, que pode vir a concretizar uma tentativa de suicídio. "O que leva a pessoa a tentar contra a própria vida não é a desistência, é a tentativa de se livrar do sofrimento", completou ela.
Leonardo Magnus
Jornalista Mtb 19305/RS
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