Cultura no campus
9ª Sarau das Nações celebra a cultura e a história da França
Evento aconteceu ao longo desta quarta-feira no campus Canoas
As atividades do 9º Sarau das Nações, que aconteceu na Ulbra ao longo desta quarta-feira, 12 de setembro, prestaram homenagem à França, refletindo sobre o Movimento de Maio de 68. Promovido pela Assessoria de Relações Internacionais, o Sarau homenageia anualmente um país que possua convênio com a Universidade. "Também escolhemos o país de acordo com alguma data especial que esteja celebrando. Neste ano, o movimento estudantil de Maio de 68 celebra 50 anos, por isso pensamos em uma série de atividades para demonstrar o que a França representa", destacou a assessora de Relações Internacionais da Ulbra, Andréia Athaydes.
A programação no campus Canoas iniciou ainda pela manhã, no saguão do prédio 1, com a Mateada da Pastoral. Os pastores Mário Fukue e Paulo Brum transmitiram mensagens durante o intervalo sobre os ideais da Revolução Francesa: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Ainda pela manhã, na sala 221 do prédio 22, ocorreu um relato de experiência com os estudantes do curso de Fonoaudiologia sobre estudos complementares na Sorbonne/Paris, conduzido pela professora Eda Mariza Franco.
À tarde, o curso de Farmácia ofereceu uma degustação de queijos no saguão do prédio 1. A atividade foi orientada pela professora Fernanda Fabero Guedes. "Na França, existem de 400 a mil tipos de queijos, e, para conhecer alguns deles, nada melhor do que degustar", explicou a docente. A acadêmica Jéssica Eliane de Souza participou da atividade e ressaltou sua importância. "Não se trata só da degustação, precisamos estudar para apresentar o produto, além da responsabilidade de mostrar para os demais alunos a cultura da França", destacou.
Para a colega Luíza Gabriela da Rosa, a atividade foi produtiva. "É interessante trazer esse conhecimento prático para os alunos e uma forma dinâmica". Já a presidente do Centro Acadêmico de Farmácia, Jéssica Camargo, destacou a possibilidade de relacionamento com outros cursos. "Não apenas as pessoas do nosso curso estão degustando, e essa convivência é muito boa", completou.
Noite de abertura e música
A programação do Sarau das Nações seguiu à noite. No saguão do prédio 6, o curso de Letras organizou um Varal Literário com textos da literatura francesa. Já o curso Superior de Tecnologia em Design de Moda expôs o resultado de um workshop desenvolvido com o Projeto Social a partir do Design: Ulbra e Fundação Gaúcha de Grupos Sociais, com um grupo de estudantes de costura da Fundação. O figurino exposto apresenta uma releitura e interpretação das alunas de elementos trazidos de imagens de Maio de 68 na França, com a utilização de material proveniente de descarte. No saguão do prédio 6, também foi aberta a exposição fotográfica Au coeur de mai '68, de Philippe Gras, que traz imagens do movimento.
Acadêmicos do curso de História conduziram uma visita guiada pela mostra, contextualizando as imagens com os fatos históricos retratados. Conforme o coordenador do curso, Rodrigo Lemos Simões, durante um ano a exposição foi pensada. "Foi um ano icônico, com grandes acontecimentos políticos, e é uma satisfação ver os alunos conduzindo a atividade", destacou. O curso de Secretariado também se envolveu com a programação promovendo a palestra Como a profissão de Secretariado é vista na Europa, com a convidada Marie Christine Borsu de Salles. Já o projeto Ulbra em Cena realizou nas cafeterias dos prédios 1 e 13 flash mobs com nigerianos apresentando poemas da literatura francesa.
A cerimônia de abertura à noite contou com a presença do presidente da Aliança Francesa de Porto Alegre, José Vicente Torre. Para ele, o Sarau oportunizou uma aproximação entre a França e o Brasil. "Maio de 68 influenciou todo o mundo, por isso a importância de trazer para um ambiente universitário informações sobre o que aconteceu naquele movimento e seu significado", destacou. Torres prestigiou a exposição e acompanhou a apresentação da Orquestra Universitária da Ulbra, que apresentou um repertório francês com direção artística e regência do pastor Paulo Brum e participação especial do intérprete Daniel Debiagi.
O evento também foi acompanhado pelo pró-reitor Acadêmico, Pedro Antonio González Hernández, que enalteceu a realização do Sarau. "Maio de 68 foi um movimento de muitas interpretações, entre elas a que mostra um país que saiu do conformismo para o otimismo, e esse conceito pode ser trazido para dentro da Universidade. Esperamos que a Ulbra tenha conseguido honrar esse legado com a realização do evento", completou.
As exposições no saguão do prédio 6 seguirão disponíveis para o público durante todo o mês de setembro.
Guilherme Dely
Estudante de Jornalismo da Ulbra Canoas
Luiz Felipe Machado
Estagiário de Jornalismo da Ulbra Canoas
Marla Cardoso
Jornalista Mtb 13.219
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