Na Expointer
Ulbra apresenta resultados sobre projeto do queijo colonial gaúcho
Docentes mostraram pesquisa durante o 1º Seminário de Queijos Artesanais
Professores dos cursos de Química Industrial e Medicina Veterinária e acadêmicos da Ulbra representaram a Universidade na manhã desta terça-feira, 28, no 1º Seminário de Queijos Artesanais, na 41ª Expointer. Na abertura do encontro, para uma plateia lotada, a docente Fernanda Fabero apresentou os dados sobre a pesquisa de resgate e regulamentação do queijo colonial gaúcho do grupo de pesquisa da Ulbra.
Fruto do projeto de extensão Construção Colaborativa de Saberes na Produção de Queijo Colonial, a iniciativa, desenvolvida pelos cursos em parceria com a Emater e a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), vem, desde 2016, coletando e analisando amostras de queijo de produtores rurais de 12 regiões do Rio Grade do Sul.
Ao todo, 256 amostras, de um total de 309, já passaram por análises físico-químicas e microbiológicas. "A composição desses produtos nunca havia sido estudada. O nosso trabalho visa traçar um perfil dos produtores e caracterizar o queijo colonial. Serve como uma forma de intensificar o controle de qualidade do queijo de diversas regiões, conferindo uma identidade para o produto", explica Fernanda, coordenadora do projeto.
No seminário, a docente de Medicina Veterinária, Cristina Grecellé, demonstrou que, além das análises, o grupo de pesquisadores também têm percorrido o estado promovendo treinamentos aos técnicos da Emater-RS e produtores com o objetivo de dar um retorno sobre os resultados da ação. A capacitação já passou por sete das 12 regiões do estado que integram a pesquisa.
Com a conclusão do mapeamento, que ocorrerá após a tabulação de todos os resultados, as docentes contam que o próximo passo é conquistar uma regulamentação técnica da qualidade e identidade do queijo colonial gaúcho para que o produto possa ser comercializado nacionalmente. "A ideia é agregar valor ao queijo colonial. Com ele inspecionado e sua qualidade garantida, os produtores poderão ampliar a comercialização e melhorar a sua fonte de renda", acrescenta Fernanda.
Desde que o projeto de extensão iniciou, pelo menos 40 acadêmicos dos cursos de Química Industrial e Medicina Veterinária já passaram pela iniciativa. "Hoje, pelo menos 15 estudantes, entre bolsistas e voluntários, estão envolvidos. Para os alunos, é muito importante porque conseguem vivenciar na prática o que vêem no laboratório", conclui Fernanda.
Marla Cardoso
Jornalista Mtb 13.219
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