Divulgação internacional
Docente do PPGBioSaúde apresentará pesquisa na Europa
Molecular Diagnostics Europe acontece entre os dias 22 e 24 de maio
A repercussão dos estudos que vêm sendo realizados dentro da Universidade Luterana do Brasil tem percorrido o mundo e recebido convites para participação em grandes eventos. O mais recente deles é o Molecular Diagnostics Europe, que acontece entre os dias 22 e 24 de maio, em Lisboa (Portugal), onde a professora do Programa de Mestrado e Doutorado em Biologia Celular e Molecular Aplicada à Saúde (PPGBioSaúde), Andrea Regner, apresentará a pesquisa desenvolvida por seu grupo na Ulbra Canoas. O Papel dos Ácidos Nucleicos Livres de Células na Previsão do Prognóstico e Neurorestorção Após Lesão Cerebral Traumática Grave é o tema que será explanado no segundo dia de programação do congresso.
Entenda o estudo
Os avanços tecnológicos podem ser sentidos especialmente na área da medicina, onde diagnósticos personalizados são essenciais para orientar a escolha das terapias pelos médicos. Dentro deste contexto, o PPGBioSaúde enfatiza o conhecimento e as técnicas para formar um profissional cada vez mais qualificado.
A lesão cerebral traumática (TCE), pesquisada pelo grupo de Andrea, é a principal causa da mortalidade em jovens de todo o mundo. Desta forma, a investigação de ácidos nucléicos livres de células após lesões neurais agudas pode indicar pacientes com maior risco de deterioração e orientar novas estratégias terapêuticas. "No Molecular Diagnostics Europe apresentaremos o resultado de uma coorte de prospectiva incluindo 400 pacientes com TCE grave, discutindo o papel dos ácidos nucléicos livres de células na predição do prognóstico e na neuroestauração após o neurotrauma", explica a docente que desde 2001 estuda o traumatismo cranioencefálico dentro da Universidade.
A busca pela maior compreensão sobre os ácidos nucléicos circulantes, ou seja, o DNA Plasmático, iniciou em 2007 em parceria com os professores Daniel Simon, Lindolfo Mereilles e Nilo Ikuta, entre outros nomes. "Com este estudo, começamos a perceber que, em algumas situações, havia aumento da quantidade de DNA circulando no sangue, fora das células. Num primeiro momento, foi associado que, quando temos uma morte da célula que se rompe, ela vai derramar aquele código genético para fora e ele pode cair na circulação sanguínea, exercendo o papel de marcador de lesão celular com resultados bem promissores", exemplifica Regner.
A apresentação deste trabalho na Europa, além de fortalecer novas parcerias internacionais, mostra, de acordo com a professora, o potencial que existe dentro desta linha de trabalho: "A oportunidade de estarmos no evento comprova que esta ferramenta, tanto diagnóstica como prognóstica, pode vir a desenvolver grande potencial. O fato de um pesquisador da pós-graduação ter sido convidado a apresentar este tema totalmente novo mostra nosso pioneirismo e vanguarda científica diante de outras instituições mundiais".
Andréia Pires
Jornalista - MTb.: 17.976
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