Pesquisa e Inovação
Lançada a Rede de Inovação em Tecnologias para a Saúde Ulbra
Projeto compõe Cluster de Tecnologias para a Saúde do RS
Foi lançada na tarde desta quarta-feira, 18 de maio, para docentes e representantes de todas as unidades da Universidade no Rio Grande do Sul, a Rede de Inovação em Tecnologias para a Saúde Ulbra. O projeto compõe o Cluster de Tecnologias para a Saúde do RS, formado por entidades, empresas e universidades que apoiam o programa de desenvolvimento do Medical Valley Brazil. Representando o reitor Marcos Fernando Ziemer, o vice-reitor Ricardo Willy Rieth salientou a grandiosidade do projeto internacional e a importância estratégica da Ulbra para o empreendimento. "Nenhuma outra universidade da região tem as características estruturais da Ulbra, no que diz respeito à presença em diversas regiões do estado. Essa característica vai potencializar as ações do Cluster."
O projeto de desenvolvimento foi apresentado pelos professores responsáveis pela organização das ações na Instituição: o diretor de inovação da Ulbra, Márcio Machado, a diretora de Pós-graduação e Pesquisa, Nádia Schröder, o coordenador do Programa de Pós-graduação em Genética e Toxicologia Aplicada (PPGTA), Hermes Amorin, a professora do curso de Química e do mestrado profissional em Engenharia de Materiais e Processos Sustentáveis (PPGEMPS), Ester Rieder, e o gerente da Incubadora Tecnológica, Alexandre Dias Ströher.
Ester Rieder iniciou a apresentação sobre o modelo de desenvolvimento implantado pela Medical Valley, no estado da Baviera, na Alemanha. Lá, eles necessitam importar mão de obra em razão do sucesso do empreendimento. Entre as empresas e produções do Cluster na Alemanha estão diagnóstico por imagem, sistemas de tratamento, sensores inteligentes e a área de oftalmologia. Hermes Amorim destacou o crescimento do mercado da saúde e tecnologias no mundo. "É o setor menos afetado pela crise econômica", destacou o professor, complementando que os três estados da região sul correspondem a 20% da produção nacional de tecnologias para a saúde, e este mercado pode evoluir com o projeto. Citou exemplos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em Saúde, como o Óleo de Lorenzo, descoberto pela pesquisa dos pais de um menino que sofria de adrenoleucodistrofia (ALD), uma doença congênita e degenerativa, um projeto que disputa prêmio mundial por detectar o câncer precocemente, antes de o tumor surgir, e um dispositivo criado pelo pai de um menino com diabetes tipo 1, que funciona como um pâncreas artificial.
Complementando o que foi destacado por Amorim, a coordenadora de Pós-graduação e Pesquisa, Nádia Schröder, apresentou o catálogo com a apresentação de toda a infraestrutura de pesquisa da Universidade. "Aos poucos queremos congregar toda a comunidade acadêmica neste grande projeto", disse Nádia. "O projeto precisa de pesquisas aplicadas no mercado, de informação tecnológica", explicou o diretor de Inovação da Ulbra, Márcio Machado. Ele explicou a importância das incubadoras e parques tecnológicos, como a Ulbratech, para a adesão de empresas que produzam inovação tecnológica.
O médico cardiologista José Raudales apresentou a experiência de sucesso que o Centro de Pesquisa Cardiovascular teve ao escolher a Ulbra para sediar os experimentos em cardiologia, em 2004. O Centro nasceu da necessidade de um grupo visionário de realizar testes de segurança e eficácia de uma prótese endovascular (stent) já integralmente fabricada no Brasil, com o intuito de satisfazer as exigências regulatórias obrigatórias para fabricar e comercializar tal dispositivo. Em 2006, o CPC criou um laboratório de hemodinâmica experimental no Hospital Veterinário da Universidade, com o objetivo de desenvolver e implementar modelos de implantes de stents, visando a criação de técnicas de lesão vascular simuladores de reestenose, através do implante de endopróteses (stents) sobre-dimensionados. Raudales coordenou o Centro de Pesquisa, que esteve em atividade até 2010. O CPC teve êxito em produção científica. No período, foram publicados em periódicos 11 artigos completos, 33 resumos publicados em anais de congressos (nacionais e internacionais) e ainda obteve algumas premiações: quatro alunos destaque em eventos de iniciação cientifica e dois trabalhos premiados em congressos mundiais.
Professores e pesquisadores da Ulbra interessados, com habilitação nas áreas de abrangência do Cluster (saúde, engenharias, tecnologias da informação, biológicas, exatas) podem preencher a ficha de inscrição que está disponibilizada na página da Pesquisa do site da Universidade. Com o levantamento destas informações, serão mapeadas as competências da Instituição e definidas as áreas em que a Ulbra vai atuar no Cluster de Tecnologias para a Saúde do RS. Acesse aqui a ficha de inscrição.
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Caren Moraes
Jornalista - Mtb 11.772
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